Além do cinza, metrópole tem muito VERDE

*matéria retirada da edição de Setembro de 2006 da revista RSVP – ano2 nº24 SP EM NÚMEROS São Paulo tem 1,5 milhão de árvores espalhadas por suas ruas e praças. 21% de seu território é coberto por áreas verdes. Para se ter uma idéia da distribuição da vegetação na capital, verifica-se que a região com maior proporção de cobertura verde é a de Engenheiro Marsilac, no extremo sul do município, com 26 mil m² por habitante. Na Lapa, são 11 m², na Vila Andrade 100 m², em Moema 24 m², no Morumbi 239 m² e no Tucuruvi 23 m². Uma das áreas com menor proporção de verde por habitantes é a da região da Sé, com 0,21 m² por habitante. Para diminuir essas diferenças e propiciar mais corredores verdes para a população, a prefeitura investe mais de R$2 milhões por ano, em um programa de plantio e manutenção de árvores. O resultado desta empreitada é que já foram plantadas em torno de 32 mil mudas entre março e junho deste ano nos canteiros de avenidas e da Marginal do Tietê, além de bairros por toda a cidade. São mais de 300 espécies diferentes. Entre as 10 mais plantadas estão araçás, ipês, cabreúvas, jerivas, paineiras e pitangueiras. Das mais de 20 espécies de ipês plantados na cidade, como o rosa e o amarelo, o primeiro a florir e deixar São Paulo mais bonita é o roxo. A arborização da cidade é feita em conjunto com as 31 subprefeituras. Uma delas, a do Jabaquara, responsável por mais de 100 praças, plantou, de janeiro a julho, 2 mil mudas de árvores na região. Entre elas, inúmeras de jequitibá, árvore que pode alcançar até 20 m de altura. Para se ter uma idéia desta empreitada, o plantio é feito por 4 equipes de 7800 funcionários, que, em duas semanas, chega a plantar mais de mudas. A subprefeitura do Butantã planta, em média, 300 espécies de mudas por mês, incluindo ipês e quaresmeiras. O paulistano não imagina, mas, para ter contato com árvores nativas, não é preciso nem sair da Avenida Paulista, basta visitar o Parque Trianon, que tem espécies como jequitibá com mais de 300 anos. No Parque Villa-Lobos, com 732 mil m² de área verde, há árvores com 15 m de altura e um bosque de mata atlântica. São Paulo tem ainda mais de 4 mil praças repletas de árvores e flores. Ao contrário do que as pessoas pensam, São Paulo não é só concreto e uma infinidade de prédios. A cidade tem, desde junho de 2001, a primeira Área de Proteção Ambiental (APA), a Capivari Monos – localizada no extremo sul da cidade, a 55 quilômetros do Centro – com 25 mil hectares, o equivalente a 1/6 da área do município. A capital também abriga 32 parques municipais, que correspondem a, aproximadamente 15.534.197 m² de área verde. Destes, o maior da capital é o Anhanguera, com 9.500.000 m² e o menor é o Parque Lino e Paula Raia, com 15.000 m². Mas o mais visitado e considerado o pulmão dos paulistanos é o do Ibirapuera, o segundo maior com 1,6 milhão de m² e o primeiro em visitantes. Nos finais de semana, chega a receber mais de 150 mil pessoas. Pelo Parque do Ibirapuera estão espalhadas 7 mil árvores e 700 espécies diferentes de plantas e flores. Para calcular a importância das áreas verdes para o paulistano, o primeiro jardim público criado na capital foi o Parque da Luz em 1825. Para cuidar das áreas verdes da capital, a Secretaria do Meio Ambiente conta com um orçamento anual de 106 milhões de reais.