4.o Pedal Verde – Estamos de Luto

O Pedal Verde e a Bicicletada.org estão organizando um encontro de ciclistas, pedestres e moradores da cidade de São Paulo para conhecer pessoalmente o andamento das obras do projeto de ampliação da Marginal Tietê!!! Indo completamente na contramão do que seria o desenho estratégico de uma cidade sustentável, dentre os enormes impactos negativos que está obra trás, damos destaque à: eliminação de diversas árvores com mais de 50 anos de vida, que cumprem papel ecológico importantíssimo no equilíbrio climático e da poluição da marginal; impermeabilização dos canteiros centrais que cuidam da manutenção de escoamento das nossas águas evitando enchentes; impossibilitam a moradia para avifauna e outros seres vivos que cumprem papel ambiental na cidade; no transplante de árvores que está sendo realizado, com certeza muitas não sobreviverão Mesmo que hoje a Marginal do Rio Tietê esteja distante de ser como a sociedade deseja – um local de convivência em harmonia com uma fonte de vida – esse projeto assina o decreto de morte para que um dia possamos a voltar a viver juntos e de forma saudável junto do Rio Tietê, indo completamente na contramão de projetos realizados em diversas cidades pioneiras do mundo –  um retrocesso de mais de 40 anos no pensamento humano!!! Vamos nos unir neste domingo, levar nossos amigos e família num encontro para tomarmos consciência da dimensão do impacto desta obra, e refletir se realmente é isso que queremos para o futuro de nossa cidade!!! Lembramos que é importante levar: água para hidratação lanche máquina fotográfica para registrar a oportunidade histórica de estar em uma área verde que já está sendo rapidamente consumida muita vontade de trocar conhecimentos e histórias com as pessoas participantes e refletir sobre os caminhos da nossa cidade Abaixo segue o link com o trajeto que será realizado pelas bicicletas, mas o encontro também acontecerá na ponte das bandeiras as 12horas!!! http://tinyurl.com/mqkr6l Aproveitem também para saber mais no Blog do Milton Jung e a matéria especial no CicloBR

Marginal Tietê Ontem, Hoje e o Amanhã??

Muito rapidamente o governo está agindo para acabar com a vida existente em nossos canteiros da Marginal Tietê! Num passado não muito distante a sociedade paulistana convivia em harmonia com nosso rio ainda vivo! Muita vida habita esses espaços, árvores plenas, frutificando, alimentando pássaros! Sombra fresca para o sol que castiga ao meio-dia, folhas movimentando-se no ritmo do fluxo dos veículos, borboletas encantadas dançando nos canteiros!!! Tudo isso irá acabar! As margens de um rio são Áreas de Proteção Permanente, mas mesmo assim os governantes parecem não entender função tão óbvia e lógica das marginais permeáveis e repletas de verde… Temos muitas pessoas registrando este momento que marcará a história da vida de todos que habitam, visitam, trabalham e irão nascer nessa cidade! Estamos com essa obra decretando a impossibilidade de um dia estarmos vivendo em harmonia novamente com o Rio Tietê! Estaremos cada vez mais longes de suas águas, de suas margens verdes, de um parque de convivência da sociedade ou até mesmo navegando em suas águas. Acessem os diversos links abaixo para conhecerem mais imagens chocantes desta obra!! FOTOS DO UOL FLICKR LUCIANO OGURA FOTOS GALERIA CICLOBR FLICKR AQUI JAZ UMA CIDADE É IMPORTANTÍSSIMO QUE TODOS QUE PUDEREM COMPAREÇAM AMANHÃ SEGUNDA-FEIRA, DIA 22, ÀS 15HS, NA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA MUNICIPAL (8.o ANDAR) – sobre a revisão do Plano Diretor – Palácio Anchieta – Viaduto Jacareí, 100 – Bela Vista

Impermeabilização da Marginal Tietê

Recebemos recentemente da Arquiteta Sidnéa de Souza Silva, a Moção de Protesto e Repúdio escrita pelo Grupo de Trabalho pelo Patrimônio Histórico do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) São Paulo. Abaixo copiamos o texto na integra. Convidamos todos nossos visitantes a visitarem a página do IAB e colocarem seus nomes no abaixo assinado. Todos podemos assinar, sendo arquitetos ou não, somente com o número do RG!!! É lamentável que o projeto de criação de mais uma faixa na marginal tenha sido aprovado! Conheçam mais sobre o projeto acessando a página da Prefeitura de São Paulo. E também notícias a respeito da aprovação do projeto pela Secretaria do Verde. Abaixo o texto na íntegra: ———————————————- Prezados(a) Colegas, O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamenot de São Paulo apoia e encaminha a todos para conhecimento a *Moção de Protesto e Repúdio*, elaborada pelo seu Grupo de Trabalho Patrimônio Histórico. Arq. *Rosana Ferrari* Presidente *MOÇÃO DE PROTESTO E REPÚDIO* Nós, arquitetos membros do Grupo de Patrimônio do IAB-SP – INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL – SÃO PAULO, achamo-nos no dever profissional e cidadão de redigir este documento público, através do qual manifestamos nossa total perplexidade e repúdio ao projeto de ampliação das pistas da via Marginal do rio Tietê ao longo de 15 quilômetros a partir do anel viário conhecido como “Cebolão”, e igual ou maior repúdio à construção de duas alças de acesso para fazer a ligação entre a via expressa (Marginal do Tietê) e duas avenidas locais (Avenida Tiradentes e Avenida Cruzeiro do Sul). Em total contradição com o projeto do Rodoanel que corretamente objetiva desafogar o tráfego veicular da área urbana do município –, a ampliação do número de faixas de rolamento das Marginais do Tietê constitui-se num indutor à circulação de veículos naquela área central da cidade, negando todo o embasamento conceitual de tráfego que guiou os estudos de implantação do Rodoanel. O projeto pretendido zomba, também, do massivo investimento que foi feito, pelo Governo do Estado, na recuperação dos taludes do rio Tietê através da implantação de rico projeto paisagístico que incluiu o plantio de árvores que serão totalmente suprimidas, assim como a área permeável dos taludes e faixa ciliar do rio, para dar lugar a pistas de rolamento. Nas grandes metrópoles do mundo – veja-se o recente exemplo da cidade de Seul, Coréia, visitada pelo Prefeito de São Paulo no mês de maio –, os rios vêm merecendo tratamento oposto: projetos que abordam os rios como marcos hidrográficos do território urbano, e que se apropriam desses marcos como elementos de qualificação da paisagem urbana, inibindo a sua conexão com o automóvel, incentivando a sua conexão com o pedestre e com a vegetação urbana. As duas alças viárias pretendidas constituem-se em equívoco maior, por diversas razões urbanísticas. Primeiro equívoco: o projeto baseia-se numa premissa estreita, reduzindo a questão à solução de um problema de tráfego veicular, qual seja: eliminar pontos de estrangulamento de tráfego. Ora, desafoga-se aqui, empurrando para adiante o ponto de estrangulamento – pois a quantidade de veículos circulando não diminui com essa providência. Isto é racional? Segundo equívoco: Para “empurrar” para outro local o ponto de estrangulamento, vale o custo de rasgar e poluir a paisagem com viadutos? Note-se um dado importante: todas as pontes urbanas que cruzam o rio Tietê ligam vias locais e, como tal, têm seu traçado bastante ortogonal e perpendicular ao rio. As duas alças pretendidas têm, ao contrário, traçado em curva, denunciando sua mera função rodoviarista, incompatível com o caráter urbano das pontes existentes. Terceiro equívoco: o projeto das duas alças carece de um mínimo de sensibilidade e de compreensão do caráter da paisagem urbana paulistana daquele trecho da cidade, pois se intromete nas visadas do conjunto da Ponte das Bandeiras, a mais bonita e bem composta, do ponto de vista arquitetônico, das pontes que atravessam todos os rios da cidade de São Paulo. A Ponte das Bandeiras carrega alto valor simbólico, pois está implantada no exato local onde no passado existiu a antiga Ponte Grande, a primeira que transpôs o rio mais paulistano da cidade. O comprometimento da visão do conjunto da Ponte das Bandeiras (ponte-tabuleiro, cabeceiras, torres) será deletério, definitivo e irreversível, caso vingue a construção das inadequadas alças rodoviárias sobre o rio. Por prever os prejuízos urbanísticos da realização da ampliação das Marginais do Tietê, e principalmente os prejuízos paisagísticos decorrentes de uma eventual construção das duas alças viárias, somos impelidos a solicitar a todos os atores e instâncias responsáveis pela viabilização desse equivocado empreendimento rodoviarista que avaliem cautelosamente o projeto, e decidam pelo bem da preservação da história, da memória e do decoro urbanístico. *Autor da Moção: Arq. Vasco de Mello* *Grupo de Trabalho Patrimônio Histórico do IAB-SP* *Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo* Rua Bento Freitas, 306 | 4º andar | Vl. Buarque | 01220-000 | SP Fone/Fax: (11) 3259-6866 | 3259-6597 e-mail: iabsp@iabsp.org.br site: www.iabsp.org.br