Podas Drásticas nas Árvores
Na manhã desta segunda-feira, 3 de novembro de 2008, o Prof. Dr. Gregório Ceccantini da USP, que já auxiliou muito com seus conhecimentos o Árvores Vivas e também um dos sócios fundadores dos Amigos das Árvores de São Paulo deu entrevista na rádio CBN sobre as árvores da cidade, as condições de poda e a importância da escolha de espécies de árvores adequadas para cada local de plantio. Confira a reportagem no blog do Milton Jung. Mais relatos e imagens intrigantes sobre podas de mutilação, você pode encontrar no blog A Sombra Verde do nosso estimado Pedro Nuno, direto de Portugal.
Como e quando podar as árvores?
No dia da árvore me perguntaram como e quando seria a melhor época para podar um Ipê Roxo! Fui buscar a informação e encontrei um manual da prefeitura para orientar a poda urbana. Achei o material muito bem elaborado, com linguagem simples e com ótimas ilustrações e gráficos explicativos! Ótima referência para quem quer fazer poda das árvores da sua casa, inclusive aprendendo sobre as épocas mais corretas de poda para algumas espécies diferentes. Atenção para sempre seguir as orientações de segurança, a correta utilização dos equipamentos e procedimento em etapas para evitar os acidentes! Podas de rejuvenescimento são mais indicadas ao final do inverno, pois é quando o crescimento vegetativo é retomado – sempre tenha certeza das fases da planta que deseja podar. A fase de lua minguante é também ideal, já que a seiva das plantas refluem para a raiz, fazendo com que a poda dos galhos e folhas desperdice menos seiva. E finalmente a poda no período da tarde permite que as plantas tenham o período noturno para cicatrizar os cortes. Para minimizar a exposição do corte, que pode ser contaminado com fungos e bactérias resultando no adoecimento da planta, utilize uma camada de látex, verniz ou produto próprio para cicatrização do corte. Anteriormente eu havia colocado que era uma boa opção utilizar barro molhado, mas descobri com o Engenheiro Agrônomo Onélio da SVMA – SP que o próprio barro pode ter contaminantes… Devemos sempre ter em mente que muitas outras vidas dependem das árvores, como os passarinhos e seus ninhos, lagartas que se transformarão em belas borboletas, formigas e até mesmo microorganismos que equilibram o ecossistema. Por isso, antes de podar observe e planeje para evitar maiores danos para estes outros seres vivos tão importantes. A poda não elimina somente a parte áerea das plantas (folhas e galhos) mas também a vida no solo (fungos, bactérias, nemaltóides, etc) que dependem das “sobras” da fotossíntese eliminadas pelas raízes. A poda dificulta a ação desses microorganismos, que auxiliam na dissolução de minerais importantes na alimentação das plantas. Ou seja, está tudo ligado através da cadeia alimentar! Manual de Poda – faça download *ilustração retirada da matéria Como podar árvores por Manoel de Souza para a Revista Natureza Consultem o site da prefeitura para conhecer outras publicações interessantes http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/publicacoes/0001 Em tempo: Peça autorização para realizar a poda Corte e poda de vegetação em São Paulo (http://www.capital.sp.gov.br/portalpmsp/do/busca?op=viewForm&servicoForm=true&unidadeForm=false&key=3683&coSeqEstrutura=750&coEstruturaPaiOp=1&coEstruturaPaiVertical=1) Descrição: A poda de árvores em vias e logradouros públicos é normalmente feita pelas Subprefeituras entre os meses de abril e agosto. No entanto, se o munícipe constatar que os galhos de uma árvore estão encostados em fios da rede elétrica ou prejudicando semáforos e demais sinalizações de trânsito, deverá informar, pessoalmente ou por telefone, a Subprefeitura do bairro. Casos de emergência devem ser comunicados ao Corpo de Bombeiros (Tel. 193).Para poda de árvores em terrenos de propriedade privada, o munícipe deve obter autorização, mediante solicitação por escrito, na Praça de Atendimento da Subprefeitura do bairro, contendo exposição de motivos e informação sobre a espécie da árvore. Deve anexar também croquis de localização da árvore no terreno, cópia do carnê do IPTU e de comprovante de endereço (conta de água ou luz). A autorização será concedida somente após vistoria do local, efetuada pelo engenheiro agrônomo da Subprefeitura em que está localizado o imóvel.