6ª Edição do Festival Cultivar Promove Reconexão das Pessoas com a Natureza

O Festival Cultivar 2015 já tem data definida: de 05 de setembro a 03 de outubro. A abertura acontece no dia 05 de setembro, com uma expedição pela Mata do Parque Trianon a partir das 14h. A atividade será inspirada, dentro da exuberância da Mata Atlântica, pelas referências naturais indígenas e as poesias da natureza. Uma caminhada entre as árvores, um convite a estabelecer contato com essa paisagem que explode em plena Avenida Paulista, promovendo a reconexão dos participantes com a natureza original na cidade de São Paulo. No dia 06/09 é a vez de observar as aves no Parque Trianon. Esta Expedição convida o público a conhecer e reconhecer as aves do nosso dia a dia, promovendo uma observação contemplativa conduzida por Sandro Von Matter, do Instituto Passarinhar. A atividade inclui ainda oficina de sons e dicas de fotografia. No dia 08/09 a exposição Biodiversidade na Cultura Brasileira floresce no Conjunto Nacional, onde permanece até 21 de setembro (dia da árvore). A exposição é composta por elementos das árvores (frutos, sementes, madeiras), imagens e informações sobre algumas espécies ilustres do Brasil. Visitas guiadas e atividades voltadas a grupos, escolas e instituições serão promovidas no local. No dia 12/09, o Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura, abriga o Cultivar Ciclos, série de palestras inspiradoras sobre aspectos das relações entre homem e natureza. No mesmo local será entregue o Prêmio Jequitibá de Relevância em Pesquisa, que tem como objetivo premiar trabalhos que se destacam em projetos de conservação ambiental. A Expedição A Natureza é PANC, que acontece no Centro Cultural São Paulo (CCSP) no dia 13/09, convida os paulistanos a conhecer a história das hortas comunitárias na cidade. Uma oficina de adereços naturais e mutirão na Horta do CCSP completam a atividade. Neide Rigo, do Come-se, é convidada especial nesta programação. No dia 19/09, o Cultivar promove uma Expedição Fotográfica, Desenhos e Pinturas no Parque da Luz, coração da arborização urbana da cidade e primeiro jardim botânico de São Paulo. A atividade é uma introdução à história ambiental do parque e um convite à realização de fotos e desenhos da natureza local. O resultado será exposto em um varal no Parque da Água Branca no final de semana das Oficinas Verdes, nos dias 26 e 27/09. No domingo, 20 de setembro, as atividades chegam ao Parque Buenos Aires. É a vez da contação de histórias e de desvendar um pouco a arborização daquele pedaço de verde. Observação de árvores e aves, plantios, bombas de sementes e muita arte serão realizados no Horto Florestal e no Museu Otávio Vecchi nos dias 22, 23 e 24 de setembro. As atividades são voltadas a crianças de escolas públicas e instituições em geral. O fim de semana de 26 e 27 de setembro concentra as atividades no Parque Água Branca: Oficinas Verdes para crianças e famílias, bate-papos sobre tecnologias ambientais e arte inspirada na natureza. Nos mesmos dias acontece o Cine Natureza – exibição de filmes com temáticas ambientais e bate-papo – no Espaço Cultural Tatersal. O já tradicional Picnic de troca de sementes e mudas das estações acontece no dia 27 de setembro, também no Parque Água Branca. Os encontros, que surgiram na primeira edição do Cultivar, hoje transformaram-se em uma Rede Nacional que tem por missão conservar a biodiversidade, promover a cultura ambiental e viabilizar a manutenção da segurança alimentar. No mesmo dia acontecem encontros da Rede de Troca – programa gerido pelo Instituto Árvores Vivas – simultâneos em outras cidades nos estados de São Paulo, Rio, Minas e Santa Catarina. Para valorizar o cerrado brasileiro, o Festival também realiza atividades com conteúdo folclórico em parques nas cidades de Santa Rita do Passa Quatro e Ribeirão Preto. No Parque Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro, será promovida a Expedição Folclórica Jequitibá-Rosa, envolvendo escolas da região, nos dias 01 e 02 de outubro. O parque abriga a maior concentração de indivíduos de espécies Jequitibá-Rosa, incluindo o maior exemplar paulista acessível a visitação pública. As atividades do Festival se encerram no dia 03 de outubro, com programação aberta ao público em geral no Parque Curupira, em Ribeirão Preto. O 6º Festival Cultivar é uma realização do Instituto Árvores Vivas, e é possível graças ao Programa de Apoio à Cultura (ProAC), do Governo do Estado de São ‘Paulo, com patrocínio da Rodonaves e produção executiva da Origem Produções. Todas as atividades são gratuitas. Para participar das atividades oferecidas a escolas, grupos e instituições, é preciso se inscrever através do email festivalcultivar@gmail.com. Em breve o formulário estará disponível no site do evento. Acompanhe o Cultivar nas redes e fique de olho na programação: festivalcultivar.com.br | https://www.facebook.com/festivalcultivar | https://instagram.com/festivalcultivar/ | https://twitter.com/CultivarFest

Pedestre Vivo encontra Árvores Vivas (algumas nem tanto) em seu caminho

[vodpod id=Groupvideo.4095089&w=425&h=350&fv=allowingFullScreen%3Dtrue%26channel%3D3458764513857312070%26s%3D1%26inline_rating%3Dtrue%26site%3Dwidget-46.slide.com%26map%3D130100100%26adsense_channel%3D0085258241%26adsense%3DTrue%26adtype%3Dfullscreen] more about “Árvores na Caminhada by Juliana-Árvor…“, posted with vodpod Cerca de duas semanas atrás fiz uma caminhada desde a Av. Brigadeiro Luiz Antônio até o Pacaembu. Levei duas horas para fazer o percurso, lentamente e apreciando cada detalhe das árvores que compunham a paisagem! Foi um belo momento de meditação e criação de um espaço interno agradável e leve ao fim de um dia e trabalho não tão usual! A garoa fina não transformou-se em chuva e ajudou a refrescar! Mas antes mesmo do fim do dia, seu início já foi muito inspirador. O clima instável, dava brecha a poucos mas vibrantes raios de sol que iluminavam e faziam brilhar ainda mais a floração de um flamboyant (Delonix regia) e de uma linda caliandra (Calliandra brevipes), que eu podia observar ao caminhar e chegar ao ponto de ônibus! Lindas visões inspiradoras para o começo de um belo dia! Ao mesmo tempo, no caminho para o ponto, deparei-me com um tronco de uma antiga árvore cortada, que permanece fincado no concreto, ao lado do poste. Uma visão intrigante: não enxergamos ela lá? queremos manter a lembrança da bela árvore que foi? possuímos um desejo inconsciente de que ela volte a viver? E assim parti para meu trabalho, acompanhada do livro “poética das árvores urbanas” de Ivete Farah. Retomando a caminhada ao fim do dia, chegando nas proximidades do MASP, uma grande paineira, que admiro de longa data, tomou conta do meu olhar e acabei produzindo fotos de diversos ângulos dela em composição com a arquitetura local. Desde a esquina, o grandioso e importante Parque Trianon chamava a atenção pela massa verde que respira e nos sustenta na busca por equilíbrio entre o concreto e o verde! Araribás (Centrolobium robustum) e cedros (Cedrella sp) são facilmente identificados por suas copas, compondo os limites do perímetro de transição entre o parque e a avenida. O grandioso pau-ferro (Caesalpinia ferrea), se fez tão pleno e belo que imediatamente prende nosso olhar! Até mesmo o sistema da grande metrópole encontrou formas de conversar com sua presença inegualável… Na sequência, em um dos canteiros que compõe a calçada do novo projeto da Avenida Paulista, uma quaresmeira (Tibouchina granulosa) com dificuldade de se sustentar, achou um importante apoio na estipe de um já forte jerivá (Syagrus romanzoffiana)! O tronco e a estipe se entrelaçavam sem se sufocar, pelo contrário, criaram um apoio sutil e leve, formando um par que dança valsa ao ritmo do pulsar, no fluxo ditado pelos semáforos. Mesmo distante alguns quarteirões, eu já avistava o belo guapuruvu (Schizolobium parayba). Deve ser um sonho observar sua copa em flor da janela de um desses apartamentos! Admirável arquitetura natural tão singular e única, em composição com as linhas retas da obra humana. Antes de chegar na Av Consolação, árvores frutíferas e algumas paineiras crescem no limite do possível na Praça dos Ciclistas. Já na Praça dos Arcos, um jardim bem cuidado e árvores em flor, enfeitaram o lugar! Um pau-formiga (Triplaris americana) carregado de flores rosas e lindas; um jasmim-manga (Plumeria sp) tricolor; as belas folhas de um pau-brasil (Caesalpinia echinata) e saber que a pitangueira (Eugenia uniflora) plantada em homenagem a ciclista Márcia Prado estava crescendo feliz, deram mais motivos para minha alma sorrir! Neste ponto eu ainda estava somente no meio do caminho… Já começava a escurecer e as luzes do Túnel Rebouças deram uma boa foto com os eucaliptos que emolduram essa passagem! Descendo atrás do Estádio do Pacaembu, o que mais me chamou a atenção foi um grande ninho de aranhas que formava uma nuvem branca entre as folhas da copa de um resedá! Já a noite, em uma rua próxima da Av. Pacaembu, duas árvores secas, podadas, cortadas me emocionaram… e buscando a vida ainda em uma delas, encontrei a esperança de que se nós não fizermos nossa parte, a natureza saberá como fazer a dela muito bem! ————————————- Agradeço a todos que através deste texto pude compartilhar um pouco das visões e sentimentos de uma simples caminhada por ruas ainda vivas da nossa cidade! Vejam também algumas fotos das árvores deste e outros passeios no PANORAMIO