Paineira, a árvore maravilha

por Juliana Gatti originalmente publicado no portal Conexão Planeta em 02 de novembro de 2015 Como já escrevi no blog do Conexão Planeta, muitas são as árvores que marcaram a minha vida. Em cada momento, uma espécie diferente, de maneira especial, me ensinou uma capacidade ou um valor a partir da sua existência e presença. Cada árvore é única em sua identidade, energia e simbologia. Insisto, cada arquitetura – ou formato característico de crescimento de cada espécie – e formas únicas transmitem especial sabedoria se soubermos nos conectar ao aprendizado que transmitem. Cerca de 10 anos atrás, as paineiras começaram a marcar minha vida. Ao passar um período de descanso no sitio do meu avô, que frequentei constantemente na minha infância no interior de São Paulo, reparei em uma árvore incrível beirando a estrada já perto do destino final. Porte grande, copa arredondada, tronco largo, com uma base incrivelmente assentada, enraizada no solo. Aquela base, quase como se fosse uma grande barriga e uma cintura sustentando toda sua grandeza, chamou muito minha atenção. Uma árvore de presença fenomenal, que não saiu da minha cabeça durante os dias que passei lá. Na volta para a cidade, já no fim da tarde, parei o carro na beira da estrada e fui até ela. Estava sem folhas, sem flores, mas com frutos incríveis; seu formato lembrava abacates. Ao chegar mais perto, vi que ela tinha muitos espinhos na casca e, no chão, haviam chumaços de uma fibra branca parecida com algodão. Parecia um sonho, uma árvore que desprende “algodão” dessa maneira, deixando o chão à sua volta lembrar uma grande nuvem. Fiquei ali por um período até encontrar um fruto quase inteiro no chão, com todo esse “algodão” compactado e um pouco úmido. Quando cheguei em casa logo fui pesquisar mais sobre essa árvore incrível, nos livros e na internet. A paina –  como chamamos a fibra que fica dentro do fruto – não tem comprimento fibroso suficiente para se produzir tecido, mas é muito útil para enchimentos de colchões, travesseiros, brinquedos e, até mesmo, coletes salva-vidas, já que não absorve água e flutua. Paineiras atualmente são da família botânica Malvaceae – antes eram classificadas como da família Bombacaceae. Essa é uma família bastante grande com mais de 90 gêneros e 700 espécies, sendo que cerca de 400 dessas espécies ocorrem exclusivamente no Brasil. E, dentro desta família, encontramos o gênero do cacau, chichá, hibisco, malvavisco, monguba e muitas outras árvores e plantas conhecidas por nós. Também fazem parte destes números plantas de diversos portes e configurações – terrestre, aquática e rupícola, mas quando falamos do gênero da paineira, chegamos em seis espécies de árvores endêmicas no Brasil. A Ceiba speciosa, ocorre em outros países além do Brasil e possui muitos nomes comuns que variam conforme a região: barriguda, árvore-de-lã, árvore-de-paina, paineira-rosa, paineira-branca, paineira-fêmea, samaúma, paina-de-seda, entre outros. Sua presença é quase materna, e não se trata de uma referência ao gênero feminino e masculino explícitos na sua flor, que possui tanto estruturas masculinas como femininas. Naturalmente, as paineiras e as árvores do gênero Ceiba são majestosas, acolhedoras em suas raízes e aconchegantes para nos recostarmos em seu formoso tronco e, muitas vezes, parecem barrigudas, como se estivesse gravida. São muito marcantes, tanto que, na mitologia maia, são reverenciadas como árvores sagradas. Esse fruto que trouxe comigo para a cidade, me proporcionou uma experiência memorável. A literatura sobre a espécie indicava: coloque uma peneira sobre o fruto aberto e leve ao sol, sem saber muito bem o que aconteceria fiquei atenta. Então, a mágica aconteceu: toda aquela paina soltou-se da casca e começou a voar. Um voo delicado, era uma dança com o vento. No meio de cada pequeno chumaço a pequena semente de uma nova paineira. Logo comecei a coletar as sementes que eram muitas e, no mesmo dia, coloquei todas elas para germinar. Cada duas ou três em um pote e, assim, começou o que hoje é o viveiro do Instituto Árvores Vivas, que dirijo: um lugar para experimentar a natureza desde as sementes. Foram mais de 100 árvores que se formaram e muitas delas plantadas na cidade de São Paulo, inclusive em locais históricos. Outras tantas foram doadas para plantio em outras cidades. Outras ainda, plantadas em praças públicas ou canteiros de avenidas, não resistiram à manutenção dos matos e gramados. Mas as que resistiram, sempre que posso, vou visitar. Hoje, já são mais altas que eu – tenho 1,75 m – devem ter quase o dobro da minha altura na verdade; crescem rápido e são lindas. Admiro cada uma delas como se, de alguma maneira, eu tivesse sido uma mãe para todas. Paineiras chamam sempre minha atenção! Nos últimos dez anos, visito muitas delas. Quando florescem, presencio um dos mais lindos espetáculos na Terra. Aqui, em São Paulo, existem muitas paineiras perto do Parque Ibirapuera e nos canteiros centrais do caminho da Lapa para o Parque Villa Lobos. Existia um grande grupo que morava nas margens da ponte da Casa Verde na Marginal Tietê, mas após uma obra de 2009, poucas sobreviveram. Tem uma paineira que vive em uma das pontas do controverso Minhocão, de frente para a Praça Roosevelt, quase no final da Rua da Consolação. E uma outra, de flores brancas, no Largo do Arouche. Na praça Duque de Caxias há muitas outras e, em cada praça e parque, certamente você pode encontrar uma linda paineira. Suas flores incríveis ou elas inteiras são inesquecíveis. E onde estão as paineiras da sua cidade? Já se maravilhou com elas hoje? Fotos: Juliana Gatti

Árvores Mães-Irmãs

Mês de maio foi mês das mães, mulheres, noivas. Mas durante todo ano podemos lembrar das árvores mais mãezonas do nosso Brasil!! A paineira e sumaúma… Não deixem de curtir a beleza e força delas quando encontrar uma em seu caminho! Agora, no começo do outono, elas estão na época de amadurecer seus frutos e dispersar sementes! por Adriana Sandre   Esse artigo é dedicado a todas as mães queridas e amadas… tanto as humanas, quanto “das árvores”! Estava pensando em como iniciar esse “diálogo” e minha mãe, sim minha mãezinha, veio ter comigo, me abraçou e rimos muito com as nossas brincadeiras de sempre, aliás todos nós temos com as nossas mães os nossos, e só nossos, afegos e afetos! Olhando para minha mãe, eu me lembrei de uma paineira esplendida residente das imediações do Parque Ibirapuera que ainda está com uma floração exuberante, abrindo um parêntese (infelizmente esse ano muitas das florações de paineira foram atípicas devido as fortes chuvas do inicio do ano, mas isso é assunto para outro artigo…). Sim, essa bela paineira que esta sempre no meu caminho, me passa uma FORÇA sem igual, algo como uma energia de paz, amor e alento que toda a mãe nos passa! Quando contei essa história para Juliana ela me reportou que a paineira é considerada um símbolo materno pelas características de seu tronco que é “barrigudo”!!! Sendo que, nas árvores mais velhas, animais se abrigam na base do tronco dessa mãe! A paineira é uma árvore nativa da Mata Atlântica pode ser encontrada nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e norte do Paraná, sua casca é rugosa e apresenta acúleos quando jovem (pequenos “espinhos”). Durante sua floração é comum perder quase todas as suas folhas, nos presenteado com uma copa rosada lindíssima muito polinizadas por borboletas… Seus frutos, quando abertos dispersam no vento muitas sementes com o auxílio da paina (similar a um algodão). As painas eram utilizadas antigamente como enchimento de travesseiros, colchões e salva-vidas, podendo ser usada também como isolante acústico. A paineira possui outras irmãs que podem ser encontradas Brasil afora, como a paineira-branca ou barrigura (C. glaziovii) que ocorre principalmente no Nordeste brasileiro e no Espírito Santo e a barrigura-de-espinho (C. ventricosa). Não podemos esquecer também da sua irmã e “nossa tia” a magnífica sumaúma considerada uma das maiores árvores do mundo, a sumaúma tem raízes tabulares gigantescas que ressoam ao toque! A sumaúma esta presente nas florestas tropicais úmidas da América Tropical, na África Ocidental e no Sudeste da Ásia.   por Juliana Gatti Haikai de Thelmo Mattos encontrado no site Casa do Poeta Sumaúma, sumaúma, Voam meus sonhos Presos a suas plumas. A sumaúma que conheci pessoalmente foi a mesma que a Adriana visitou no Jardim Botânico do Rio. Realmente uma árvore de proporções espetaculares, que tira nosso fôlego ao mesmo tempo que acolhe nossos corpos em sua base de raízes tabulares, as sapopemas. Procurando na internet, encontrei no site de uma amiga, a Sandra Siciliano, um vídeo sobre o Chamado da Sumaúma que foi produzido em 2007 pelo ministério do meio ambiente, falando de um programa de preservação na Amazônia. O que mais chama atenção neste vídeo é a conexão deste chamado com o som extraído da árvore ao bater em suas raízes. Diz a lenda, que o curupira, protetor das florestas, assustava os homens que queriam derrubar árvores sem necessidade ou matar os animais, fazendo exatamente esta batida. [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=hRBMx0CtTIc] Das utilidades da sumaúma, podemos citar que sua madeira é utilizada em embarcações, sua paina para enchimento de salva vidas, colchões e travesseiros, das sementes é extraído um óleo comestível que tem uso na iluminação e fabricação de sabão. Como em alguns artigos já publicados neste blog, muitos devem saber que as primeiras árvores que eu germinei foram paineiras, principalmente por isso, para mim, elas são grandes mães mesmo. Ensinaram-me a cuidar com amor de outra vida e compreender com mais paciência o tempo real. Recentemente fiz algumas fotos dos frutos da paineira e suas painas voando e se desprendendo da copa… Acompanhada do Luciano, pudemos brincar e celebrar a beleza deste momento com toda a paina que se espalhava ao redor das lindas árvores na região e AlphaVille em São Paulo! [slideshow] FICHA TÉCNICA Paineira-rosa, árvore-de-paine, bomba d’água, paina-de-seda, paineira-branca, samu’ u (Paraguai) e palo botella (Argentina)* Nome científico: Ceiba speciosa (speciosa se refere à beleza das flores desta espécie)*) Família: Bombacaceae (atualmente Malvaceae) Ocorrência: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e norte do Paraná, típica da Mata Atlântica. Porte: 15 a 30 m de altura Floração: Dez/Abr Maturação dos frutos: Ago/Set Fonte Embrapa Sumaúma, barriguda, kapok (inglês), ceiba (Colômbia), le faux-cotonnier (França), Pochote (México), Kankantri (Surinami),  Mapou (Haiti), Nome científico: Ceiba pentandra Família: Bombacaceae (atualmente Malvaceae) Origem : Toda bacia Amazônica, em áreas inundadas ou pantanosas Porte: até 50m de altura Floração: Ago/Set Maturação dos frutos: Out/Nov

Árvores de Natal – Decoração ECOconsciente

Estava reparando na decoração de natal da cidade e comecei a me questionar sobre os benefícios de tantas árvores decoradas com luzes: em época de verão e horários especiais para reduzir os gastos de energia, quão inteligente é da nossa parte fazer tanta decoração que consome ainda mais energia elétrica? será que todas as pessoas que cuidam de colocar as luzes nas árvores estão tendo o cuidado e preocupação em não fazer furações nos troncos com pregos para fixar os cordões? é possível que alguém refletiu sobre o impacto da iluminação noturna nas árvores que são casa para muitos passarinhos e outros animais da fauna que ainda se dispõem a viver na nossa mega-cidade? Pensando em tudo isso resolvi mapear, nas saídas pela cidade, soluções de decoração menos impactantes além de muito belas e delicadas… … Bolas azuis e vermelhas gigantes foram a solução encontrada para decorar uma grande tipuana na Rua Francisco Leitão em Pinheiros, pertinho da Teodoro Sampaio. As bolas dão um ar alegre e lúdico à árvore que é uma das mais comumente encontradas na arborização da cidade de São Paulo. Não tão longe dali, na Av. Paulo VI que é continuação da Av. Sumaré, podemos ver uma decoração que surpreende ao mesmo tempo que revela o amor, cuidado e respeito entre um humano e as árvores! Todo este trabalho que acontece até mais vezes no ano do que somente nas ocasiões das festas, é realizado por Paulo Katsuo Abe – segundo André Boselli para a matéria de outubro de 2005 da revista Quatro Rodas. Eu pessoalmente ainda não conheci o Sr Paulo, mas sempre me alegro muito ao ver toda alegria transmitida por esta atitude de enfeitar as árvores com lindos e grandes laços coloridos!!! Pena somente que os laços são de plástico, não sendo uma atitude tão ecológica do ponto de vista do material… Mais um exemplo de decoração humanizada é a que encontrei no jardim da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Leopoldina! As gardênias junto da gruta de Nossa Senhora e do abrigo de São Francisco estão enfeitadas com pinhas amarradas com lindos laços rosa. Além do aspecto decorativo, reparei como estamos distantes de criar nossa própria identidade cultural também no Natal… Comprando pinheiros, ciprestes e tuias estrangeiros para decorar nossas festas! Árvores européias, de locais de clima temperado e não nativas dos biomas brasileiros. Será que daqui alguns anos conseguiremos abrir nossos olhares e corações, repletos de boas intenções nas festas de fim de ano, para acolher e decorar tão lindamente também árvores nativas, frutíferas ou até mesmo aquela árvore, arbusto ou arvoreta que já habita próximo de nossas casas e nos beneficia todos os dias? Quem sabe podemos até mesmo plantar, se tivermos espaço sobrando, uma Araucaria angustifolia, nosso pinheiro-brasileiro?? Que era nativa aqui em São Paulo inclusive!!!

Pedestre Vivo encontra Árvores Vivas (algumas nem tanto) em seu caminho

[vodpod id=Groupvideo.4095089&w=425&h=350&fv=allowingFullScreen%3Dtrue%26channel%3D3458764513857312070%26s%3D1%26inline_rating%3Dtrue%26site%3Dwidget-46.slide.com%26map%3D130100100%26adsense_channel%3D0085258241%26adsense%3DTrue%26adtype%3Dfullscreen] more about “Árvores na Caminhada by Juliana-Árvor…“, posted with vodpod Cerca de duas semanas atrás fiz uma caminhada desde a Av. Brigadeiro Luiz Antônio até o Pacaembu. Levei duas horas para fazer o percurso, lentamente e apreciando cada detalhe das árvores que compunham a paisagem! Foi um belo momento de meditação e criação de um espaço interno agradável e leve ao fim de um dia e trabalho não tão usual! A garoa fina não transformou-se em chuva e ajudou a refrescar! Mas antes mesmo do fim do dia, seu início já foi muito inspirador. O clima instável, dava brecha a poucos mas vibrantes raios de sol que iluminavam e faziam brilhar ainda mais a floração de um flamboyant (Delonix regia) e de uma linda caliandra (Calliandra brevipes), que eu podia observar ao caminhar e chegar ao ponto de ônibus! Lindas visões inspiradoras para o começo de um belo dia! Ao mesmo tempo, no caminho para o ponto, deparei-me com um tronco de uma antiga árvore cortada, que permanece fincado no concreto, ao lado do poste. Uma visão intrigante: não enxergamos ela lá? queremos manter a lembrança da bela árvore que foi? possuímos um desejo inconsciente de que ela volte a viver? E assim parti para meu trabalho, acompanhada do livro “poética das árvores urbanas” de Ivete Farah. Retomando a caminhada ao fim do dia, chegando nas proximidades do MASP, uma grande paineira, que admiro de longa data, tomou conta do meu olhar e acabei produzindo fotos de diversos ângulos dela em composição com a arquitetura local. Desde a esquina, o grandioso e importante Parque Trianon chamava a atenção pela massa verde que respira e nos sustenta na busca por equilíbrio entre o concreto e o verde! Araribás (Centrolobium robustum) e cedros (Cedrella sp) são facilmente identificados por suas copas, compondo os limites do perímetro de transição entre o parque e a avenida. O grandioso pau-ferro (Caesalpinia ferrea), se fez tão pleno e belo que imediatamente prende nosso olhar! Até mesmo o sistema da grande metrópole encontrou formas de conversar com sua presença inegualável… Na sequência, em um dos canteiros que compõe a calçada do novo projeto da Avenida Paulista, uma quaresmeira (Tibouchina granulosa) com dificuldade de se sustentar, achou um importante apoio na estipe de um já forte jerivá (Syagrus romanzoffiana)! O tronco e a estipe se entrelaçavam sem se sufocar, pelo contrário, criaram um apoio sutil e leve, formando um par que dança valsa ao ritmo do pulsar, no fluxo ditado pelos semáforos. Mesmo distante alguns quarteirões, eu já avistava o belo guapuruvu (Schizolobium parayba). Deve ser um sonho observar sua copa em flor da janela de um desses apartamentos! Admirável arquitetura natural tão singular e única, em composição com as linhas retas da obra humana. Antes de chegar na Av Consolação, árvores frutíferas e algumas paineiras crescem no limite do possível na Praça dos Ciclistas. Já na Praça dos Arcos, um jardim bem cuidado e árvores em flor, enfeitaram o lugar! Um pau-formiga (Triplaris americana) carregado de flores rosas e lindas; um jasmim-manga (Plumeria sp) tricolor; as belas folhas de um pau-brasil (Caesalpinia echinata) e saber que a pitangueira (Eugenia uniflora) plantada em homenagem a ciclista Márcia Prado estava crescendo feliz, deram mais motivos para minha alma sorrir! Neste ponto eu ainda estava somente no meio do caminho… Já começava a escurecer e as luzes do Túnel Rebouças deram uma boa foto com os eucaliptos que emolduram essa passagem! Descendo atrás do Estádio do Pacaembu, o que mais me chamou a atenção foi um grande ninho de aranhas que formava uma nuvem branca entre as folhas da copa de um resedá! Já a noite, em uma rua próxima da Av. Pacaembu, duas árvores secas, podadas, cortadas me emocionaram… e buscando a vida ainda em uma delas, encontrei a esperança de que se nós não fizermos nossa parte, a natureza saberá como fazer a dela muito bem! ————————————- Agradeço a todos que através deste texto pude compartilhar um pouco das visões e sentimentos de uma simples caminhada por ruas ainda vivas da nossa cidade! Vejam também algumas fotos das árvores deste e outros passeios no PANORAMIO

PAINEIRAS para o MUNDO

[vodpod id=Groupvideo.4095138&w=425&h=350&fv=allowingFullScreen%3Dtrue%26channel%3D3458764513827254930%26s%3D1%26inline_rating%3Dtrue%26site%3Dwidget-92.slide.com%26map%3D130100100%26adsense_channel%3D0085258241%26adsense%3DTrue%26adtype%3Dfullscreen] more about “PAINEIRAS para o MUNDO by Projeto Árv…“, posted with vodpod <!–[if gte mso 9]> Normal 0 false false false MicrosoftInternetExplorer4 Cerca de um ano atrás, em viagem para o interior de São Paulo, na rodovia Marechal Rondon, avistei uma linda paineira, totalmente desfolhada e com frutos pendurados. Os frutos da paineira, depois da sua linda floração branca e rosa, parecem como abacates se vistos de longe. Com o tempo amadurecem e abrem-se em gomos e de dentro deles expande-se um algodão fofinho, muito utilizado antigamente para enchimento de travesseiros. Nesse algodão estão escondidas as sementes da paineira! As sementes que tem todo o potencial de se tornarem árvores únicas… O algodão ajuda as sementes a serem dispersas pelo vento e chegarem a outros locais para quem sabe germinarem!Eu colhi um desses frutos recém abertos,  com o algodão ainda compacto e umedecido. Coloquei o algodão para secar no sol, conforme li em alguns livros que consultei e, de repente, de um dia para o outro, o algodão começou a voar por todo o meu quintal! Foi uma alegria ver aquele vento leve, levando o algodão e as sementinhas que surgiam de dentro dele… Contei quase que 90 sementes dentro de um só fruto. Logo as coloquei para germinar e depois de quase 15 dias muitas foram emergindo os pequenos brotinhos, crescendo devagar…outras foram emergir mais tempo depois. Hoje umas são maiores, outras demoram mais para crescer, mas todas estão em tempo de serem plantadas em terreno definitivo. Esta foi minha primeira experiência de germinação de árvores e foi um sucesso! Depois da paineira tenho germinado muitas outras árvores e agora as minhas primeiras filhas paineiras estão prontas para ir para um terreno, com bastante espaço e pessoas que queriam cuidar e recebê-las de braços abertos! Já consegui plantar algumas delas. Duas foram plantadas na cidade de São Paulo por ocasião do aniversário da cidade e outras num terreno no litoral sul. Em São Paulo algumas saúvas já fizeram a festa comendo todas as folhas de uma delas… Descobri isso depois do gostoso e animado passeio ciclistico da cidade!  Ainda plantei mais três mudas em praças do Bairro da Pompéia, espero que não cortem elas ao fazer a capina do mato! É importante agradecer as pessoas que têm me ajudado nesse plantio até agora: o Luciano Ogura que faz parte da equipe do projeto; o Clayton que nos ajudou com as ferramentas, adubo e plantio; o Ricardo com quem plantei e estamos germinando muitas árvores nativas e todos que já me falaram da sua vontade de plantar conosco e que num futuro próximo estaremos plantando! A paineira é uma árvore nativa da mata atlântica, adora terra fértil, mas vive bem com uma seca, gostando bastante de clima quente sendo bem resistente ao sol, é uma árvore pioneira. De maneira simplificada isso significa que numa floresta é uma das primeiras espécies a emergir e tem uma vida de cerca de 50 anos, para criar condições de sombreamento para as árvores secundárias, mais sensíveis, nascerem sob um sol mais ameno. A paineira que germinei é conhecida cientificamente como Ceiba speciosa, nativa da mata atlântica. Pode atingir até 30 metros quando plantada em meio a floresta competindo por sol e quando isolada terá cerca de 15 a 20 metros de altura. Seu tronco é sempre bem volumoso com até 120 cm de diâmetro e podem ocorrer acúleos – similares aos espinhos – principalmente nos galhos mais jovens da árvore. A família vegetal da qual faz parte, a Bombacaceae tem como característica reservar água em seu tronco, sendo também conhecida como barriguda por conta desta propriedade. Quem da cidade de São Paulo se interessar por receber uma muda de paineira e combinarmos de plantar juntos essas filhas entre em contato por e-mail arvoresvivas@gmail.com

Feliz Dia das Mães

Neste dia de homenagens àquela que deu origem às nossas vidas, vamos celebrar com muita alegria, amor e carinho… Lembrando das diversas mães que tivemos ao longo da vida, de todas as mães que geraram nossas famílias, honrando aquelas que já nos deixaram, dando um abraço forte e curtindo a mãe que está ao nosso lado! O Projeto Árvores Vivas nesse dia tão especial traz imagens de uma paineira nativa, que lembra na base de seu tronco uma mãe grávida, onde guarda os nutrientes para gerar sua… ……beleza, em sua plenitude e certeza – na sua essência – de que veio ao mundo para ser essa paineira, mãe, linda, grandiosa e especial! Cumprindo anualmente o ciclo da sua vida. Crescendo, florindo, frutificando e gerando assim seus filhos que logo serão mães e pais também, num só ser. TENHAM UM FELIZ DIA DAS MÃES !! —————————————————————— PARA ESTE ANO DE 2009 PREPARAMOS UM PRESENTE MUITO ESPECIAL PARA AS MAMÃES DE GAIA…O ARRANJO DA VIDA! SAIBA MAIS NA NOSSA PÁGINA DE PRODUTOS E SERVIÇOS E NO ARTIGO ESPECIAL COM INFORMAÇÕES SOBRE O VALE PRESENTE!