Sementes distribuídas no espetáculo – A Travessia da Calunga Grande
“O espetáculo A Travessia da Calunga Grande tem como foco a questão da mestiçagem na formação do povo brasileiro. Depois de um ano de estudo percebemos que o tabu da nossa formação mestiça encontra-se justamente na procura por uma “identidade brasileira” que nos una e identifique. Essa identidade construída, por sua vez, procura mascarar nossas diferenças e desigualdades, assim como a violência racial expressa por nossa história colonial, que ecoa até hoje nas nossas relações sociais. Para a Cia.Livre, uma cultura não será suficientemente livre e plena, se não fizer jus à potência artística das fontes que a formaram e com as quais ainda convive. Revelar e reconhecer nosso passado sangrento é uma forma de entender o nosso presente desigual e possibilitar um futuro de relações mais justas e igualitárias. A importância histórica, simbólica e cultural desse projeto corresponde à sua temporalidade transversal e espacialidade de fronteiras unidas.” – Cibele Forjaz – diretora artística da Cia. Livre de Teatro De 8 a 29 de abril de 2012 no SESC Pompéia / Quinta a sábado, 20h30, domingos, 18h30. Guia da Semana Estadão – vídeo do ensaio Portal SESC SP Site da Cia. Livre de Teatro Versão Cultural Feira Preta O Árvores Vivas está apoiando a temporada da peça A Travessia da Calunga Grande da Cia. Livre de Teatro com sementes de árvores nativas da Mata Atlântica. Todos os espectadores são convidados a germinar, cultivar e cuidar desta vida verde para nosso planeta e aqui nós damos mais detalhes sobre as espécies de árvores, dicas de como germinar e cuidar. ibacuru, laranjinha-rugosa | Eugenia neoverrucosa | Família Myrtaceae Árvore rara da Mata Atlântica, produz frutos com pouca polpa e gosto levemente amargo como o sabor da guabiroba. Faz parte da família botânica das Myrtaceae, da qual também pertecem árvores como as conhecidas: pitangueira, goiabeira, jaboticabeira e muitas outras frutíferas nativas das matas de nosso país. Uma árvore adequada para cultivo em pequenos jardins. laranja-de-macaco, bacupari-do-brejo, landim | Posoqueria acutifolia | Família Myrtaceae Posoqueria vem do tupi-guarani e significa “bebida forte”, porque os índios usam a semente dela para fazer um tipo de café. Seus frutos são consumidos in-natura. Ocorre do Sul da da Bahia até Santa Catarina, aparecendo também no Pantanal e na Amazônia. O landim é uma árvore que pode atingir de 4 a 8 m de altura com casca fina e áspera de cor creme. Essa espécie adapta-se a qualquer altitude e solo, mais é importante enriquecer bastante o solo com matéria orgânica e cobertura morta (serrapilheira), pois a planta só é encontrada na natureza em terrenos férteis e úmidos ou mesmo em banhados com parte das raízes submersa na argila.* guamirim, jaboticaba-do-campo | Eugenia pluriflora | Família Myrtaceae ** Árvore pode chegar a atingir de 4 a 8m de altura. Suas lindas e numerosas flores ficam reunidas muito próximas ao tronco. É encontrada naturalmente do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul e é uma árvore ótima para reflorestamento em áreas de preservação, por produzir alimento para a avifauna, além de ser adequada para plantio em pequenos jardins e calçadas. Floresce no verão. Seu desenvolvimento é lento e a madeira pesada. Germinando suas sementes: Para germinar as sementes que você recebeu no espetáculo A Travessia da Calunga Grande, acesse o link desta página no UOL PASSO-A-PASSO com algumas opções de sementeiras. Você pode usar recipientes que existem na sua própria casa, como inclusive garrafas PET vazias. Lembre-se sempre de fazer a drenagem (furos) no fundo da garrafa para a água escorrer. Não afunde as sementes na terra, mais do que o tamanho delas, se fizer isso elas podem apodrecer e não germinar. Também cuide para que nunca falte água e observe suas sementes todos os dias, em cerca de 1 mês elas devem começar a brotar! Caso queira compartilhar com a gente o andamento da sua semente é só enviar uma foto para o email arvoresvivas@gmail.com com o assunto: Sementes da Travessia —————————————– * Frutas Raras ** Flora Digital
Rota do Cambuci em Julho – Taiaçupeba
II Rota Gastronômica do Cambuci Meio Ambiente, Turismo e Cultura 1º Festival de Inverno de Taiaçupeba 10 e 11 , 17 e 18 de julho Venha conhecer as delícias preparadas com esse fruto nativo da Mata Atlântica como sucos, sorvetes, mousse, bolos, trufas, geléias, chá, molhos para acompanhamento de carnes, etc. e a já tradicional cachaça curtida com Cambuci. Também serão comercializadas mudas e artesanatos temáticos. A Rota Gastronômica do Cambuci, uma iniciativa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, Núcleo Caraguatatuba do Parque Estadual da Serra do Mar, Associação Holistica de Participação Comunitária Ecológica – AHPCE, Instituto H&H Fauser para o Desenvolvimento Sustentável e a Cultura e as Prefeituras Municipais de Rio Grande da Serra, Sto. André – Distrito de Paranapiacaba , Salesópolis, Paraibuna e Natividade da Serra, tem como objetivo resgatar o cultivo e o consumo dessa fruta nativa da Mata Atlântica e endêmica na região, promovendo o desenvolvimento sócio-ambiental e econômico sustentável. Engloba em um único projeto aspectos históricos, culturais, de preservação ambiental , turísticos e de geração de renda.Tem potencial para se constituir como uma alternativa econômica sustentável para os municípios envolvidos através de Arranjos Produtivos Locais.
Rota Gastronômica do Cambuci
Abertura da Rota Gastronômica do Cambuci será em São Paulo – Matéria Divulgação Prefeitura de São Paulo O bairro do Cambuci na Zona Sul de São Paulo, está prestes a dar um salto no seu desenvolvimento: o local foi escolhido para abrir a Rota Gastronômica do Cambuci, neste mês. O Cambuci é um fruto da árvore de mesmo nome, em formato octogonal, de sabor agridoce. Acontecerá uma feira pública dos dias 20 e 21 de março, na praça Hélio Ansaldo, em frente à Igreja Nossa Senhora da Glória, que está sendo especialmente preparada para receber os turistas e a população que quiser aproveitar as guloseimas do fruto. O circuito, que acontece entre março e setembro, há dois anos, percorre cidades localizadas no entorno da Serra do Mar, onde o fruto do cambuci é abundante. Da vila de Paranapiacaba, em Santo André, até Ilha Bela, passando por Salesópolis, Rio Grande da Serra, Paraibuna e Natividade da Serra, o cambuci está saindo da mata para chegar às mesas, gerando, inclusive, desenvolvimento econômico para a população, e o surgimento de arranjos produtivos locais. A população só precisa colher o fruto e com ele preparar uma série de guloseimas. A idéia chegou a São Paulo, no bairro com o nome do fruto, no ano passado através de um projeto de Resgate Histórico e Cultural do bairro do Cambuci lançado pela Secretaria Municipal de Participação e Parceria e capitaneado pela sua Incubadora de Projetos Sociais Autofinanciados. De lá para cá, foram feitas diversas intervenções no bairro, que incluíram desde o plantio de mudas de cambuci, árvore praticamente extinta nesta região, até a inclusão de pratos a base de fruto nos cardápios dos restaurantes do bairro. Um deles, por exemplo, comprou a idéia rapidamente e colocou no cardápio o seu “Nhoque ao molho de cambuci”, uma delícia, que caiu no agrado popular e que pode se tornar no prato-símbolo do roteiro, na capital. Veja abaixo imagens de cambuci tiradas em Paranapiacaba – pelo Árvores Vivas e leia nossa matéria sobre a visita ao local clicando aqui. [vodpod id=Groupvideo.4095127&w=425&h=350&fv=allowingFullScreen%3Dtrue%26channel%3D3458764513841531732%26s%3D1%26inline_rating%3Dtrue%26site%3Dwidget-54.slide.com%26map%3D130100100%26adsense_channel%3D0085258241%26adsense%3DTrue%26adtype%3Dfullscreen] more about “Cambuci by Árvores Vivas“, posted with vodpod Mas não é só de nhoque que sobrevive a gastronomia cambuciana. O sorvete à base da fruta, presente em quase todas as cidades do circuito, já está no bairro e também em gelaterias badaladas de Moema e Indianópolis, ao lado de compotas, musses e de uma infinidade de drinks. Os frutos vêm das cidades que compõem a Rota, coordenada pela da Associação Holística de Participação Comunitária e Ecológica – AHPCE, que juntamente ccom o Instituto Fauser e a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo são responsáveis pela Rota Gastronômica. A Associação tem catalalogadas mais de 200 receitas que utilizam o fruto. O Cambuci é uma árvore típica da Mata Atlântica. Dados mais antigos da sua presença em São Paulo remontam ao tempo dos Bandeirantes. O distrito, hoje conhecido por Cambuci, era ponto de parada de tropeiros, bem ali na rua Lavapés. Reza a lenda que no local além de saborear o fruto do Cambuci, eles colocavam alguns para curtir, junto com a aguardente, que não faltava nos alforjes. A “pinga com Cambuci” é um dos usos gastronômicos mais tradicionais da fruta, que batizou também o bairro. Hoje, um dos poucos exemplares remanescentes está no largo central do bairro, onde um majestoso Cambuci oferece sombra aos que ali frequentam. A novidade deste ano é que a árvore está “carregada” com frutos. Moradores da vizinhança, juram que nunca haviam visto os frutos verdes, em forma de “disco voador”, que agora estão em todos os galhos. Alguns, mais céticos, apostam que os frutos sempre estiveram lá e o que se perdeu teria sido a capacidade de olhar as coisas da natureza, do morador urbano. Já Eliana Peixe, Diretora da Incubadora de Projetos Sociais tem uma visão mais romântica sobre o assunto. “Acho que a árvore ficou tão feliz, porque agora perceberam a sua existência, que resolveu mostrar-se em todo o seu esplendor”, conta Eliana. O fato é que o fruto do Cambuci foi redescoberto para alegrar o bairro. Prova maior disso é que até o Bloco da Ressaca, já tradicional naquela região, teve por tema este ano “Ressaca ao sabor do Cambuci”. Com direito a camiseta com o desconhecido fruto, que agora virou o mascote do bairro e samba-enredo. “Não conhece cambuci? Vai lá no bairro para ver.”
Goiabeira nossa de todo dia!
Vamos apresentar neste artigo escrito a 4 mãos, informações sobre a goiabeira, nossas experiências de vida com essa árvore e o máximo de informações curiosas! Por Adriana Sandre A goiabeira cujo nome científico é Psidium guajava foi alvo de grande parte dos meus estudos na faculdade de Ciências Biológicas, ela é uma árvore graciosa, da família das mirtáceas, semelhante às pitangueiras, jabuticabeiras e ao cambuci. Grande parte dos membros dessa família tem o tronco pardo com algumas descamações mais claras que dão uma beleza singular a estas árvores. Lembro que desde a minha infância, a goiabeira já fazia parte da minha vida, eu costumava subir em uma delas com uma amiga de bem pertinho de casa, nós passávamos horas lá em cima (na época parecia ser bem alto, risos) olhando as pessoas passarem nas ruas e pensando nas próximas brincadeiras do dia. Recentemente, há alguns meses, comi a minha primeira goiaba, ou melhor dizendo, a primeira goiaba de uma árvore plantada por mim! Foi bem legal!!! A goiaba, fruto da goiabeira, além de ser deliciosa, tem inúmeras propriedades medicinais, por ser rica em vitamina C e antocianinas, importantes antioxidantes que combatem os radicais livres no nosso corpo. A fruta possui também vitamina B1, B2, B6 e vitamina A, que faz bem à vista e conserva a saúde da pele. Sabe-se atualmente que a goiaba branca tem mais vitamina C que o limão!!! Pelo elevado teor de vitamina C, a goiaba, durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizada como suplemento na alimentação dos soldados nas regiões frias, pois aumentava a resistência contra as afecções do aparelho respiratório. A goiabeira tem uma resposta interessante a alguns poluentes atmosféricos, ela pode indicar a presença de ozônio na atmosfera, por apresentar na presença deste, manchas avermelhas na parte superior (adaxial) das folhas mais velhas. O ozônio em excesso na superfície terrestre pode ocasionar problemas à saúde e a goiaba pode ser uma planta que auxilia na bioindicação dele na atmosfera. Por Juliana Gatti Pereira As goiabeiras são uma das árvores mais belas que conheço. Todos os seus aspectos morfológicos apresentam uma delicadeza e beleza especiais. O tronco além de possuir cor e manchas muito características também possui brilho e um toque liso e macio. Muitas vezes o seu crescimento desenvolve uma harmonia na arquitetura de seus galhos que é de tirar meu fôlego. Não me lembro das goiabeiras na minha infância, elas são mais presentes recentemente… Existem algumas que sempre aprecio quando estou no meu caminho de casa para o trabalho aqui em São Paulo. Outras duas que conheci em viagens, me passaram uma energia muito feminina e leveza. Reparando com mais atenção no detalhe, as folhas da goiabeira possuem nervuras bem marcadas dentro de seu formato arredondado, criando sustento adequados, da mesma forma que um esqueleto. E as flores então? São delirantes… Quem já teve a oportunidade de ver bem de pertinho uma flor de goiabeira, sabe bem como são belas e surpreendentes lembrando um “pom-pom” de brinquedo com seus diversos estames. Li recentemente em um dos livros aqui no escritório, que as pétalas de goiabeira são comestíveis e mantém o perfume quando colhidas logo no amanhecer… Alguém já experimentou? Outra curiosidade que descobri, é que o nome goiaba é derivado de coyab que em tupi significa “sementes aglomeradas”. Justamente por ter tantas sementes é que esta árvore possui uma dispersão tão ampla e sempre podemos encontrar uma goiabeira pertinho de nós!! Também é sabido que os incas utilizavam a madeira da goiabeira para diversos ornamentos e os primeiros indícios de cultivo da goiabeira estão no México , no início da Era Cristã. FICHA TÉCNICA nome científico: Psidium guajava família: Myrtaceae origem: México, Colômbia, Peru e algumas referências também dizem Brasil porte: de 2 a 10 m de altura cuidados: planta de clima quente e solo bem drenado, adora umidade cultivo: propagação por sementes e começa a produzir no primeiro ano de vida