Visitando o Grande Jequitibá

Cerca de dois anos atrás descobri nas pesquisas do mundo internético, a existência de um árvore grandiosa no interior de São Paulo. O PATRIARCA da nossa floresta Mata Atlântica, uma das mais antigas árvores, sobrevivente de nossas matas, o jequitibá-rosa (Cariniana legalis) habitante do Parque Estadual de Vassununga, que fica em Santa Rita do Passa Quatro, pertinho de Ribeirão Preto, no km 245 da rodovia Anhanguera.   Lá estão preservados seis fragmentos de mata isolados entre si, que representam a transição entre mata atlântica e cerrado. Em seus mais de 2mil hectares de mata – como foi explicado pelo monitor do Instituto Florestal que cuida e mantém esta Unidade de Conservação – existem cerca de 300 jequitibás ainda em pé na região preservada. Nessa mata existe também uma grande riqueza de fauna nativa como um casal de onça-parda, tamanduás-mirim e bandeira, lobo-guará, papagaio-verdadeiro e urubu-rei. Trata-se de uma viagem imperdível para aqueles que admiram a riqueza de nossa biodiversidade! Esta semana, realizando um trabalho com comunidade da cidade de Serra Azul e São Simão, tive a chance de ir até o Parque e conhecer pessoalmente um pouco desta grande riqueza! Foi um dos momentos mais importantes na minha vida, desde que comecei a conhecer e admirar as árvores… Realmente trata-se de uma das maiores árvores que conheci em toda minha vida… com cerca de 40m de altura e 4 m de diâmetro na base, precisando de aproximadamente 12 pessoas para abraçá-la. Além de ser um monumento vivo, a sua presença é de tirar o fôlego de tão forte e impressionante! Este sonho só pode ser realizado nesta semana, devido a ajuda da amiga Mariângela que emprestou o carro para irmos lá! Quero deixar aqui meu agradecimento muito especial para ela e para a Rose e a Lourdes que me acompanharam nesta aventura e foram super pacientes com minha paixão pela natureza!!! Fiquem com as belas imagens… [slideshow] Nas imagens temos: o registro da visita ao museu do Parque; um disco de madeira de um jequitibá com 144 anos; animais da reserva que morreram na auto-estrada e foram empalhados; a entrada da trilha do jequitibá; nós e o patriarca em vários ângulos; o beija-flor que nos deu o presente de sua presença

Quem é Vivo Corre Perigo

Ontem, último dia e domingo de fevereiro, após o tradicional plantio de árvores do PEDAL VERDE, tivemos um encontro muito gostoso entre amigos… e nessa reunião acolhedora tivemos a oportunidade de ouvir e conhecer, esta linda canção que compartilho agora com todos os visitantes do Árvores Vivas, e amantes das nossas sempre tão especiais e inspiradoras Árvores!!! [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=i61dC-WztG0] Matança Xangai Composição: Jatobá Cipó caboclo tá subindo na virola Chegou a hora do pinheiro balançar Sentir o cheiro do mato da imburana Descansar morrer de sono na sombra da barriguda De nada vale tanto esforço do meu canto Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica Arvoredos seculares impossível replantar Que triste sina teve cedro nosso primo Desde de menino que eu nem gosto de falar Depois de tanto sofrimento seu destino Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar Quem por acaso ouviu falar da sucupira Parece até mentira que o jacarandá Antes de virar poltrona porta armário Mora no dicionário vida eterna milenar Quem hoje é vivo corre perigo E os inimigos do verde da sombra, o ar Que se respira e a clorofila Das matas virgens destruídas vão lembrar Que quando chegar a hora É certo que não demora Não chame Nossa Senhora Só quem pode nos salvar é Caviúna, cerejeira, baraúna Imbuia, pau-d’arco, solva Juazeiro e jatobá Gonçalo-alves, paraíba, itaúba Louro, ipê, paracaúba Peroba, massaranduba Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro Catuaba, janaúba, aroeira, araribá Pau-fero, anjico amargoso, gameleira Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá nota: nesse clipe montado com imagens de árvores… parece que a foto da cerejeira foi tirada aqui do blog… e descobri por acaso…

Mapa das Árvores de São Paulo

No dia árvore de 2006 foi finalizado o plaqueamento de diversas espécies árboreas identificadas nas ruas e praças do bairro da Vila Madalena visando levar reconhecimento e valorização das árvores para os moradores e frequentadores. O projeto Vila Viva contou com o apoio do Instituto de Biociências da USP, em especial do Prof José Rubens Pirani e de seus alunos, a partir da iniciativa da empresária Rosely Bancaglione que os procurou e a subprefeitura de Pinheiros. Dessa semente cheia de vida e potencial que plantaram juntos, estão nascendo diversas outras iniciativas em diferentes bairros da cidade. Desde 2007, no bairro do Itaim Bibi, o Presidente do Grupo de Memórias, Prof Biólogo Helcias Pádua vêm reunindo moradores do bairro e colaboradores da cidade no projeto Verde do Itaim. Helcias é sempre muito receptivo, cheio de alegria e com um ritmo encantador no coração. Organiza e desenvolve as atividades do grupo com muito carinho e respeito pelo bairro. Também conta com a importante colaboração do Instituto de Biociências da USP através do Prof Pirani e seus alunos. Em equipes caminhamos pelo bairro mapeando as espécies de cada rua e de algumas instituições. Muitas ruas já foram plaqueadas e uma diversidade importante de espécies foi encontrada. Todos que passam na Rua Cojuba, por exemplo, sede da Biblioteca Anne Frank podem conhecer as espécies de árvores que lá habitam. Na própria biblioteca, semestre passado pude desenvolver atividades de criatividade sobre as árvores com alunos do Colégio Ceciliano. Identificar as árvores com os Professores Helcias e Pirani tem sido de grande aprendizado para mim. Tanto no reconhecimento sistemático das espécies, como as histórias existentes em torno delas. Ao mesmo tempo, a memória do bairro é sempre lembrada e apresentada para nós com entusiasmo e paixão pelo Helcias, que desde criança mora na região e conhece cada um dos personagens distintos do bairro, como a Dona Leonor que visitamos e foi um prazer enorme poder conhecer! Estamos nesse momento elaborando um projeto de continuidade do VERDE DO ITAIM, que visa plaquear com destaque e com sinalização ecológica, algumas árvores especiais localizadas principalmente na Av. Faria Lima e nas imediações, como o Jequtibá que não foi derrubado na ocasião da ampliação da Avenida, Seringueiras verdadeiras da Amazônia, um pé de Noz-Pecã e muito mais. Seguindo exemplos de trabalho tão valiosos, o Árvores Vivas tem como um dos objetivos multiplicar essas ações em outros bairros e parques da cidade gerando um grande mapa para consulta pública e virtual. Participe desse iniciativa e apoie o trabalho de valorização e reconhecimento das árvores.