Quem é Vivo Corre Perigo
Ontem, último dia e domingo de fevereiro, após o tradicional plantio de árvores do PEDAL VERDE, tivemos um encontro muito gostoso entre amigos… e nessa reunião acolhedora tivemos a oportunidade de ouvir e conhecer, esta linda canção que compartilho agora com todos os visitantes do Árvores Vivas, e amantes das nossas sempre tão especiais e inspiradoras Árvores!!! [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=i61dC-WztG0] Matança Xangai Composição: Jatobá Cipó caboclo tá subindo na virola Chegou a hora do pinheiro balançar Sentir o cheiro do mato da imburana Descansar morrer de sono na sombra da barriguda De nada vale tanto esforço do meu canto Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica Arvoredos seculares impossível replantar Que triste sina teve cedro nosso primo Desde de menino que eu nem gosto de falar Depois de tanto sofrimento seu destino Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar Quem por acaso ouviu falar da sucupira Parece até mentira que o jacarandá Antes de virar poltrona porta armário Mora no dicionário vida eterna milenar Quem hoje é vivo corre perigo E os inimigos do verde da sombra, o ar Que se respira e a clorofila Das matas virgens destruídas vão lembrar Que quando chegar a hora É certo que não demora Não chame Nossa Senhora Só quem pode nos salvar é Caviúna, cerejeira, baraúna Imbuia, pau-d’arco, solva Juazeiro e jatobá Gonçalo-alves, paraíba, itaúba Louro, ipê, paracaúba Peroba, massaranduba Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro Catuaba, janaúba, aroeira, araribá Pau-fero, anjico amargoso, gameleira Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá nota: nesse clipe montado com imagens de árvores… parece que a foto da cerejeira foi tirada aqui do blog… e descobri por acaso…
A Dança das Cores entre Sibipirunas e Jacarandás
Quem caminha com atenção pelas ruas de São Paulo durante a Primavera, surpreende-se com a riqueza de cores, flores, cheiros, frutas e beleza das árvores e natureza que estão sempre encantando nossos olhares e preenchendo nossos corações de alegria. Neste último mês, duas árvores têm feito um show a parte… As Sibipirunas e os Jacarandás enfeitam ruas inteiras com suas copas floridas de amarelos e roxos formando pares perfeitos de cores complementares. Parecem até mesmo árvores apaixonadas que se alegram em florir e complementar a paisagem uma da outra. A Sibipiruna – Caesalpinia peltophoroides é árvore nativa da Mata Atlântica do Rio de Janeiro, mas já encontrada em várias outras localidades do país, principalmente na arborização de ruas na região Sudeste. Sua altura pode atingir até 16 metros e sua floração vai de agosto até início de novembro. Suas sementes parecem fichas e se caminhar com cuidado pelas ruas poderá coletar muitas delas, inclusive para germinar! O Jacarandá mais encontrado nas ruas da cidade de São Paulo é o jacarandá-mimoso (Jacaranda mimisifolia) que tem origem na Argentina. Saiba mais no site dos Amigos das Árvores de São Paulo. Temos várias espécies de jacarandás nativos do Brasil, mas esses não são tão comuns na cidade. A casca seca do fruto que guarda as sementes leves e aladas do jacarandá, é muito utilizada como material base para a criação de colares e brincos lindos! Em várias das minhas caminhadas pela cidade admirando as árvores, pude conhecer a Rua Barão da Passagem, onde tive a alegria de me surpreender com um namoro entre essas duas espécies tão lindas e apaixonantes. Era como se as sibipirunas de um lado da rua, esticassem seus galhos e flores amarelinhas vibrando sobre sua copa de folhas verdes e miúdas, sobre os jacarandás com suas flores roxas quase que flutuando sobre as pontas frágeis de seus galhos nus… Uma olhando para a outra, admirando sua beleza e reconhecendo o trabalho que tiveram para produzir floração tão exuberante!