Goiabeira nossa de todo dia!
Vamos apresentar neste artigo escrito a 4 mãos, informações sobre a goiabeira, nossas experiências de vida com essa árvore e o máximo de informações curiosas! Por Adriana Sandre A goiabeira cujo nome científico é Psidium guajava foi alvo de grande parte dos meus estudos na faculdade de Ciências Biológicas, ela é uma árvore graciosa, da família das mirtáceas, semelhante às pitangueiras, jabuticabeiras e ao cambuci. Grande parte dos membros dessa família tem o tronco pardo com algumas descamações mais claras que dão uma beleza singular a estas árvores. Lembro que desde a minha infância, a goiabeira já fazia parte da minha vida, eu costumava subir em uma delas com uma amiga de bem pertinho de casa, nós passávamos horas lá em cima (na época parecia ser bem alto, risos) olhando as pessoas passarem nas ruas e pensando nas próximas brincadeiras do dia. Recentemente, há alguns meses, comi a minha primeira goiaba, ou melhor dizendo, a primeira goiaba de uma árvore plantada por mim! Foi bem legal!!! A goiaba, fruto da goiabeira, além de ser deliciosa, tem inúmeras propriedades medicinais, por ser rica em vitamina C e antocianinas, importantes antioxidantes que combatem os radicais livres no nosso corpo. A fruta possui também vitamina B1, B2, B6 e vitamina A, que faz bem à vista e conserva a saúde da pele. Sabe-se atualmente que a goiaba branca tem mais vitamina C que o limão!!! Pelo elevado teor de vitamina C, a goiaba, durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizada como suplemento na alimentação dos soldados nas regiões frias, pois aumentava a resistência contra as afecções do aparelho respiratório. A goiabeira tem uma resposta interessante a alguns poluentes atmosféricos, ela pode indicar a presença de ozônio na atmosfera, por apresentar na presença deste, manchas avermelhas na parte superior (adaxial) das folhas mais velhas. O ozônio em excesso na superfície terrestre pode ocasionar problemas à saúde e a goiaba pode ser uma planta que auxilia na bioindicação dele na atmosfera. Por Juliana Gatti Pereira As goiabeiras são uma das árvores mais belas que conheço. Todos os seus aspectos morfológicos apresentam uma delicadeza e beleza especiais. O tronco além de possuir cor e manchas muito características também possui brilho e um toque liso e macio. Muitas vezes o seu crescimento desenvolve uma harmonia na arquitetura de seus galhos que é de tirar meu fôlego. Não me lembro das goiabeiras na minha infância, elas são mais presentes recentemente… Existem algumas que sempre aprecio quando estou no meu caminho de casa para o trabalho aqui em São Paulo. Outras duas que conheci em viagens, me passaram uma energia muito feminina e leveza. Reparando com mais atenção no detalhe, as folhas da goiabeira possuem nervuras bem marcadas dentro de seu formato arredondado, criando sustento adequados, da mesma forma que um esqueleto. E as flores então? São delirantes… Quem já teve a oportunidade de ver bem de pertinho uma flor de goiabeira, sabe bem como são belas e surpreendentes lembrando um “pom-pom” de brinquedo com seus diversos estames. Li recentemente em um dos livros aqui no escritório, que as pétalas de goiabeira são comestíveis e mantém o perfume quando colhidas logo no amanhecer… Alguém já experimentou? Outra curiosidade que descobri, é que o nome goiaba é derivado de coyab que em tupi significa “sementes aglomeradas”. Justamente por ter tantas sementes é que esta árvore possui uma dispersão tão ampla e sempre podemos encontrar uma goiabeira pertinho de nós!! Também é sabido que os incas utilizavam a madeira da goiabeira para diversos ornamentos e os primeiros indícios de cultivo da goiabeira estão no México , no início da Era Cristã. FICHA TÉCNICA nome científico: Psidium guajava família: Myrtaceae origem: México, Colômbia, Peru e algumas referências também dizem Brasil porte: de 2 a 10 m de altura cuidados: planta de clima quente e solo bem drenado, adora umidade cultivo: propagação por sementes e começa a produzir no primeiro ano de vida
Árvores de Natal – Decoração ECOconsciente
Estava reparando na decoração de natal da cidade e comecei a me questionar sobre os benefícios de tantas árvores decoradas com luzes: em época de verão e horários especiais para reduzir os gastos de energia, quão inteligente é da nossa parte fazer tanta decoração que consome ainda mais energia elétrica? será que todas as pessoas que cuidam de colocar as luzes nas árvores estão tendo o cuidado e preocupação em não fazer furações nos troncos com pregos para fixar os cordões? é possível que alguém refletiu sobre o impacto da iluminação noturna nas árvores que são casa para muitos passarinhos e outros animais da fauna que ainda se dispõem a viver na nossa mega-cidade? Pensando em tudo isso resolvi mapear, nas saídas pela cidade, soluções de decoração menos impactantes além de muito belas e delicadas… … Bolas azuis e vermelhas gigantes foram a solução encontrada para decorar uma grande tipuana na Rua Francisco Leitão em Pinheiros, pertinho da Teodoro Sampaio. As bolas dão um ar alegre e lúdico à árvore que é uma das mais comumente encontradas na arborização da cidade de São Paulo. Não tão longe dali, na Av. Paulo VI que é continuação da Av. Sumaré, podemos ver uma decoração que surpreende ao mesmo tempo que revela o amor, cuidado e respeito entre um humano e as árvores! Todo este trabalho que acontece até mais vezes no ano do que somente nas ocasiões das festas, é realizado por Paulo Katsuo Abe – segundo André Boselli para a matéria de outubro de 2005 da revista Quatro Rodas. Eu pessoalmente ainda não conheci o Sr Paulo, mas sempre me alegro muito ao ver toda alegria transmitida por esta atitude de enfeitar as árvores com lindos e grandes laços coloridos!!! Pena somente que os laços são de plástico, não sendo uma atitude tão ecológica do ponto de vista do material… Mais um exemplo de decoração humanizada é a que encontrei no jardim da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Leopoldina! As gardênias junto da gruta de Nossa Senhora e do abrigo de São Francisco estão enfeitadas com pinhas amarradas com lindos laços rosa. Além do aspecto decorativo, reparei como estamos distantes de criar nossa própria identidade cultural também no Natal… Comprando pinheiros, ciprestes e tuias estrangeiros para decorar nossas festas! Árvores européias, de locais de clima temperado e não nativas dos biomas brasileiros. Será que daqui alguns anos conseguiremos abrir nossos olhares e corações, repletos de boas intenções nas festas de fim de ano, para acolher e decorar tão lindamente também árvores nativas, frutíferas ou até mesmo aquela árvore, arbusto ou arvoreta que já habita próximo de nossas casas e nos beneficia todos os dias? Quem sabe podemos até mesmo plantar, se tivermos espaço sobrando, uma Araucaria angustifolia, nosso pinheiro-brasileiro?? Que era nativa aqui em São Paulo inclusive!!!