Somos todos um e estamos conectados!
por Juliana Gatti Somos sensíveis em relação a nossa própria natureza? Temos empatia por outros seres vivos? Compaixão? Notamos conscientemente a teia da vida? Nossa própria existência neste planeta está intimamente ligada a uma rica e complexa rede de conexões de seres animais, minerais e vegetais. Como estamos agindo, no nosso dia-a-dia, para promover a continuidade e fortalecimento destas conexões? São pequenas atitudes responsáveis e conscientes desta unidade que somos – coerentes com nosso próprio tamanho e quantidades de células que temos no nosso corpo – vivendo neste planeta que também é vivo – que farão a diferença! Pensando nisto, fiquei muito feliz e emocionada quando assisti pela primeira vez este lindo vídeo que mostra detalhes de um dos processos mais essenciais para a nossa sobrevivência – a polinização! Você já parou para pensar onde vivem estes pequenos, rápidos e delicados animais que garantem a produção da maior parte dos nossos alimentos? Muitos deles nas árvores, em meio a vegetação, nas matas ou até mesmo parques e praças da sua cidade! Exatamente por isso, quando li estes dois artigos de seres humanos – que vivem no meio urbano, mas que desejam ter uma vida mais saudável, bonita e garantir o bem estar não só deles, mas de todo um grupo de pessoas e animais que vivem perto de suas casas – fiquei bastante triste. E por isso compartilho aqui, com todos vocês, a história que eles contaram. Mariana Santos – germinou, cuidou e criou vínculos emocionais com uma linda árvore, muito especial e querida por toda a sua família. Leia neste link a história da árvore que ela plantou para todos os outros seres humanos da cidade dela! (http://colorindodeverde.wordpress.com/2011/10/31/estamos-duros-demais/) Márcio Duarte – sempre admirava a vida daquela árvore linda que morava em sua rua, até que semana passada ela deixou de existir. Saiba mais sobre o Despejo do Pau-ferro, no texto que o próprio Márcio também escreveu ao ter que lidar com a partida deste ser vegetal que deixava sua vida mais viva! (http://envolverde.com.br/noticias/despejo-do-pau-ferro/)
Mês do Meio Ambiente tem Passeio Verde no SESC SP
O ÁRVORES VIVAS está preparando encontros especiais no mês de junho com as árvores, áreas verdes e vegetação das redondezas do SESC Santana e Consolação. Teremos a exposição do acervo de elementos das árvores, caminhada de reconhecimento e bate-papo sobre a importância das árvores para nossa cidade e vida! Para saber mais clique abaixo no link do SESC mais próximo de sua casa, no dia que for mais adequado para sua participação. SESC CONSOLAÇÃO – DIA 26 DE JUNHO – SÁBADO A PARTIR DO MEIO DIA (12:00) Temos como objetivo realizar o PASSEIO VERDE, para estimular as pessoas a reconhecerem e apreciarem a natureza e as árvores que já habitam a nossa cidade, ao mesmo tempo que constatamos a falta dela na maioria dos espaços urbanos. Promovendo troca de informações a respeito das espécies existentes, as mais adequadas para o plantio nas cidades e sensibilizando nosso olhar apreciativo e investigativo para a rica diversidade vegetal de noso país. [polldaddy poll=3365477] Abaixo disponibilizamos o mapa dos arredores do SESC Santana*. Em breve teremos disponível também o mapa do SESC Consolação. Compartilhamos abaixo fotos feitas por Luciano Ogura e Anderson Leal que participaram do Passeio Verde. Esperamos vocês lá! [slideshow]
ANIVERSÁRIO DE 1 ANO – PEDAL VERDE
Mapa das Árvores
Desde que comecei a identificar árvores e querer descobrir o “quem é quem” das espécies, gêneros e famílias, comecei intuitivamente a mapear árvores por onde passava. Ainda me lembro quando percebi a necessidade de elaborar um mapa ou formas de mostrar para o maior número de pessoas possíveis, quais árvores estavam ali pertinho delas, que produtos consumimos que vêm de cada um delas, que conexão elas têm com nossa cultura, tradições e história. Tudo isso faria as pessoas entenderem melhor o vínculo estreito que temos com as árvores e com toda natureza, e consequentemente cuidaremos muito mais daquilo que conhecemos. Fazia pequenos mapas a mão, sinalizando minhas novas descobertas, memorizava cada uma das árvores por suas características morfológicas e peculiaridades em relação ao ambiente em que vivem. Teve uma ocasião que conheci a Maria Fernanda, um pessoa muito especial que simplesmente colocou esse sonho de mapear as árvores com o nosso olhar em prática, através de seu projeto de conclusão de curso – Plantando Olhares. Também tive a alegria de certo tempo mais tarde, junto com Luciano Ogura, fazer um belo mapa fotográfico das árvores que habitam o Parque da Luz. Fomos aprimorando e completando este mapa ainda mais com o auxílio de Adriana Sandre e também de todos que trabalham no Parque, em especial o administrador – André Camili, que sempre nos deu muito apoio e atenção. Além destas vivências, convidamos todos os visitantes, amigos e clientes do Árvores Vivas a criar colaborativamente com a página de Fotos e Depoimentos sobre as árvores, criando uma versão de mapeamento vinculada a emoção que cada um têm ao encontrar ou vivenciar uma história com uma árvore em especial. Esses dias recebi por indicação do Matias, um grande amigo da natureza, a divulgação de um trabalho colaborativo de mapeamento das árvores frutíferas em locais públicos de São Paulo, iniciativa de Isaac Kojima. Saiba mais no artigo do blog dele sobre alimentação e alimentos – Onivoro. Você também pode acessar o mapeamento que está sendo feito aos poucos através do Google Maps clicando aqui. Para encerrar os mapas de árvores, nós do Árvores Vivas também estamos alimentando nosso mapa fotográfico de árvores no PANORAMIO, que possibilita referenciar as imagens no Google Maps e Google Earth! Visitem!!!
Ginkgo biloba – uma árvore emocionante!
A árvore do Ginkgo biloba possui delicadeza e beleza aliada a força e resistência. Considerada um fóssil vivo, pois os registros da existência deste gênero datam de 270milhões de anos atrás. Também é símbolo de paz e longevidade pois sobreviveu aos ataques de bomba atômica no Japão. A palavra ginkgo tem origem chinesa (ginkyo: 銀杏), que significa damasco prateado. A palavra biloba vem do formato bilobado das folhas. Existem muitas informações sobre o ginko! Irei neste artigo compartilhar algumas coisas que encontrei e fazem com que cada vez que aprendo algo sobre esta árvore, mas eu me apaixono por ela! Cerca de 3 semanas atrás, recebi um grande presente, quando fui levada de surpresa para conhecer um grande ginko, com suas lindas folhas amareladas – devido ao outono-inverno. Uma árvore que emociona por sua história e presença. O chão estava todo forrado com suas folhas, que não paravam de cair! Fiquei doida com tanta folha linda e coletei muitas para guardar comigo a lembrança desse presente maravilhoso! Conhecer um ginko em meio a cidade, tão pertinho da Av. Paulista, onde milhares de pessoas devem passar todos os dias, mas pouquíssimas devem saber quem está lá… árvore, plena para nossa paz e saúde! Quantas árvores não passam despercebidas na correria do dia-a-dia? Cada folha um desenho, um degradê entre o verde e amarelo! Nunca me esquecerei deste dia… Vejam mais fotos dessa árvore com sua localização no arquivo PANORAMIO – ÁRVORES VIVAS. Infelizmente pudemos constatar que a árvore está sendo atacada por cupim, pois uma poda deve ter sido ferida na sua base quando da reforma da casa. A árvore, de acordo com o segurança da loja ao lado, foi plantada pela dona da casa que morou lá até cerca de 5 anos atrás. Quando a empresa atualmente instalada alugou, ela não permitiu que a árvore fosse cortada para liberar a entrada na garagem! Ainda bem que esta árvore ainda está viva para nos encantar!!! Também conhecida como árvore-avenca, nogueira-do-japão, árvore-dos-templos. Num dos sites especializados em Ginkgo – The Ginkgo Pages (totalmente em inglês), podemos encontrar uma lista com variedade de nomes em cada idioma. Neste mesmo site encontrei diversos vídeos que mostram ginkos em todo o mundo! Mas resolvi publicar aqui um desenho japonês que conta a história do espírito do ginko. Mesmo não sabendo japonês podemos entender a essência desta história. No entanto, estamos buscando amigos que possam nos ajudar com uma tradução das falas! Vejam o vídeo abaixo [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=MaNlr3iVB3c&eurl=http%3A%2F%2Fwww.xs4all.nl%2F~kwanten%2Fusage.htm&feature=player_embedded] Sei da localização de mais outros ginkos ainda muito novinhos no bairro da Liberdade! Alguém sabe onde podemos encontrar mais indivíduos deste? Não deixem de visitar também a página Ginkgo Dreams em inglês escrita pela Kelly que simplesmente ama esta árvore e busca todo tipo de referência a seu respeito! Quanto as propriedades fitoterápicas do princípio ativo gincosídeos, encontrei artigo que nos explica a melhor forma de uso dos medicamentos publicado na Folha de SP Para finalizar o poema espetacular escrito por Goethe para o Ginkgo que existia em sua casa: A tradução em português é de Flávio Demberg, com base em uma versão em inglês, extraída de http://www.xs4all.nl/~kwanten/goethe.htm Essa folha de uma árvore do Oriente Brotou em meu jardim Ela revela certo segredo Que me atrai e às pessoas contemplativas Ela representa Uma só criatura Que a si mesmo se dividiu? Ou são duas, que decidiram Que Uma deveriam ser? Para responder a essa questão, Descobri a resposta certa: Nota que em minhas canções e em meus versos Sou Um e sou Dois?
1.o Pedal Verde em São Paulo
Estimulando e convidando a população a participar ativamente pelo verde de São Paulo!! O Projeto Árvores Vivas é parceiro e apoia a iniciativa!!! Visitem o blog do Pedal Verde, participem dos pedais todo último domingo do mês e sugiram novos roteiros para o Pedal!
Novos Usos do Pau-Brasil
Hoje no Estado de S. Paulo matéria de página inteira especial sobre o pau-brasil Caesalpinia echinata, a árvore mãe de todos nós brasileiros, que somos conhecidos por esse nome em todo o mundo graças a sua existência abundante em nossa costa desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro no século XVI. Naquela época largamente explorada para se extrair o pigmento vermelho de seu cerne para a indústria têxtil européia, hoje e desde 2000 pesquisadores brasileiros de diversas universidades do país descobrem novas aplicações e usos para nossa árvore mãe. Leiam matéria na íntegra Acessem o arquivo de imagens de pau-brasil do Estadão Encontrei em minhas caminhadas pelas ruas da cidade um pau-brasil florindo, próximo ao Parque Antártica. É realmente emocionante poder reconhecê-lo e se encantar com a beleza de suas lindas flores. Não é uma árvore nativa da região de São Paulo, mas aparentemente está se adaptando bem ao nosso clima! Será que vamos colher sementes?
Além do cinza, metrópole tem muito VERDE
*matéria retirada da edição de Setembro de 2006 da revista RSVP – ano2 nº24 SP EM NÚMEROS São Paulo tem 1,5 milhão de árvores espalhadas por suas ruas e praças. 21% de seu território é coberto por áreas verdes. Para se ter uma idéia da distribuição da vegetação na capital, verifica-se que a região com maior proporção de cobertura verde é a de Engenheiro Marsilac, no extremo sul do município, com 26 mil m² por habitante. Na Lapa, são 11 m², na Vila Andrade 100 m², em Moema 24 m², no Morumbi 239 m² e no Tucuruvi 23 m². Uma das áreas com menor proporção de verde por habitantes é a da região da Sé, com 0,21 m² por habitante. Para diminuir essas diferenças e propiciar mais corredores verdes para a população, a prefeitura investe mais de R$2 milhões por ano, em um programa de plantio e manutenção de árvores. O resultado desta empreitada é que já foram plantadas em torno de 32 mil mudas entre março e junho deste ano nos canteiros de avenidas e da Marginal do Tietê, além de bairros por toda a cidade. São mais de 300 espécies diferentes. Entre as 10 mais plantadas estão araçás, ipês, cabreúvas, jerivas, paineiras e pitangueiras. Das mais de 20 espécies de ipês plantados na cidade, como o rosa e o amarelo, o primeiro a florir e deixar São Paulo mais bonita é o roxo. A arborização da cidade é feita em conjunto com as 31 subprefeituras. Uma delas, a do Jabaquara, responsável por mais de 100 praças, plantou, de janeiro a julho, 2 mil mudas de árvores na região. Entre elas, inúmeras de jequitibá, árvore que pode alcançar até 20 m de altura. Para se ter uma idéia desta empreitada, o plantio é feito por 4 equipes de 7800 funcionários, que, em duas semanas, chega a plantar mais de mudas. A subprefeitura do Butantã planta, em média, 300 espécies de mudas por mês, incluindo ipês e quaresmeiras. O paulistano não imagina, mas, para ter contato com árvores nativas, não é preciso nem sair da Avenida Paulista, basta visitar o Parque Trianon, que tem espécies como jequitibá com mais de 300 anos. No Parque Villa-Lobos, com 732 mil m² de área verde, há árvores com 15 m de altura e um bosque de mata atlântica. São Paulo tem ainda mais de 4 mil praças repletas de árvores e flores. Ao contrário do que as pessoas pensam, São Paulo não é só concreto e uma infinidade de prédios. A cidade tem, desde junho de 2001, a primeira Área de Proteção Ambiental (APA), a Capivari Monos – localizada no extremo sul da cidade, a 55 quilômetros do Centro – com 25 mil hectares, o equivalente a 1/6 da área do município. A capital também abriga 32 parques municipais, que correspondem a, aproximadamente 15.534.197 m² de área verde. Destes, o maior da capital é o Anhanguera, com 9.500.000 m² e o menor é o Parque Lino e Paula Raia, com 15.000 m². Mas o mais visitado e considerado o pulmão dos paulistanos é o do Ibirapuera, o segundo maior com 1,6 milhão de m² e o primeiro em visitantes. Nos finais de semana, chega a receber mais de 150 mil pessoas. Pelo Parque do Ibirapuera estão espalhadas 7 mil árvores e 700 espécies diferentes de plantas e flores. Para calcular a importância das áreas verdes para o paulistano, o primeiro jardim público criado na capital foi o Parque da Luz em 1825. Para cuidar das áreas verdes da capital, a Secretaria do Meio Ambiente conta com um orçamento anual de 106 milhões de reais.