Junho – Dia Mundial do Meio Ambiente – Árvores e Passeios Verdes na cidade!!

O Árvores Vivas está com uma agenda super especial de atividades para o mês de junho – vocês podem se programar para aproveitar um mês inteiro de Passeios Verdes, plantio de árvores, atividades artísticas, bate-papo, fotografia e caminhadas para conhecer e se encantar com a natureza e o verde das cidades!! 04 de junho – Sábado SESC São José dos Campos – Pequeno Passeio Verde para cidadãos distraídos – 14h SESC Araraquara – Passeio Verde desde a praça da Igreja Matriz até a unidade – 10h e 14h 05 de junho – Domingo – Dia Mundial do Meio Ambiente SESC Pompéia – Sensibilização Ambiental vegetação habitante e paisagismo da unidade às 10h SESC Santana – Passeio Verde com Observação de Balão – 10h30 às 17h30 07, 08, 09, 10 de junho SESC Sorocaba – Passeios para educadores 11 de junho – Sábado Casa da Cidade – Conversa com Luiz de Campos Jr, José Bueno e Juliana Gatti sobre a Natureza das Nossas Cidades – Projeto Rios e Ruas e Árvores Vivas – 16h acessem também a página do Rios e Ruas para saber mais 12 de junho – Domingo SESC Pompéia – Sensibilização Ambiental vegetação habitante e paisagismo da unidade às 10h SESC Osasco – Passeio Verde unidade do SESC e Jardim das Flores às 14h 18 de junho – Sábado SESC Piracicaba – Passeio Verde com registro fotográfico na área de lazer da unidade – 10h SESC Belenzinho – Árvores Inspirando Arte – Copa de árvores com troncos cerâmicos – 14h 19 de junho – Domingo SESC Pompéia – Sensibilização Ambiental vegetação habitante e paisagismo da unidade às 10h SESC Belenzinho – Árvores Inspirando Arte – Composição Visual com Elementos das Árvores – 14h 25 de junho – Sábado SESC Piracicaba – Passeio Verde com registro fotográfico até Engenho Central – 10h 26 de junho – Domingo SESC Pompéia – Sensibilização Ambiental vegetação habitante e paisagismo da unidade às 10h SESC Belenzinho – Árvores Inspirando Arte – Minha Árvore Simbólica – 14h

Árvore certa, lugar certo

Imagino que deve ser bem antigo o ditado que diz: “Na vida devemos realizar 3 coisas: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.” Mais do que nunca, sinto as pessoas com uma vontade enorme de realizar a primeira dessas atividades, e com tanta gente querendo plantar, chegamos em um estágio onde é cada vez mais importante e necessário saber o máximo sobre a árvore que escolhemos.   Plantar árvores é uma equação de bom senso, principalmente quando falamos de plantio em áreas urbanas! O primeiro passo para se chegar a um resultado positivo nesta equação é começar sempre realizando um levantamento do espaço que receberá a árvore quanto aos aspectos de: Insolação Tipo de solo Largura da calçada Fiação elétrica aérea Tubulação subterrânea de serviços Espaço disponível para canteiro Plantio sobre laje, em vaso ou direto no solo Proximidade de edificações Uso do espaço onde será realizado o plantio: passagem de pedestres, área de estacionamento, cercar uma área, etc. Cada um destes aspectos nos dá base de informações para sabermos como a árvore escolhida deverá ser nas suas características: Porte / altura quando adulta Tipo de raiz quando adulta Largura de copa quando adulta Necessidade de incidência de luz direta Características do solo Necessidades de nutrientes Destaque por suas flores, frutos, folhas ou arquitetura de tronco Nativa da nossa bioregião ou exótica? Cruzando estas informações com certeza chegaremos a um número mais limitado de espécies encontradas no mercado, que irão satisfazer nossa vontade de realizar um plantio consciente de uma árvore Além disso, é cada vez mais importante fazer opção por espécies nativas da nossa região geográfica e bioma. Por exemplo, uma árvore nativa do Brasil não é necessariamente nativa de todas as regiões do nosso país. Árvores exóticas são assim chamadas, por não serem nativas da região onde estão vivendo. Em São Paulo, estamos em uma das regiões mais ricas em diversidade de espécies nativas no mundo, mas por falta de conhecimento e disponibilidade no mercado as pessoas acabam optando por pouquíssimas opções de espécies.   Ainda na cidade de São Paulo, podemos observar que muitas árvores foram plantadas sem nenhum tipo de reflexão sobre estes aspectos, e esta atitude sem planejamento, pode levar a termos mais tristezas do que alegrias enquanto a árvore cresce, culminando em pedidos de poda, podas drásticas, podas de raízes e até remoções.    Bons guias trazem informações mais detalhadas sobre as referências de como devemos escolher árvores e plantá-las: Manual de Arborização Urbana da Cidade de São Paulo – indica lista de espécies adequadas para cada caso de local de plantio na cidade; Guia Passeio Livre – mais informações sobre como organizar e melhorar sua calçada e ainda verificar a possibilidade de realizar plantio nela; Campanha de incentivo permanente à arborização urbana Devemos sempre ter em mente que, quando falamos em aliar o plantio de árvores com a estrutura urbanística de uma cidade, precisamos estar muito atentos aos impactos que este plantio trará e por isso quanto mais informação tivermos antes de plantar, melhor.   Terminalia catappa

Exposição Permanente Parque da Luz

Próximo sábado, dia 24 de outubro às 11h, será inaugurada a exposição permanente sobre a Família Etzel – Construtores do Verde, no Parque da Luz – Casa do Administrador. “A Casa do Administrador, serviu como moradia por mais de 70 anos para Antonio Etzel e seu filho Arthur, diretores do antigo Departamento de Parques, Jardins e Cemitérios de São Paulo, embrião do que viria a se constituir a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. A família Etzel esteve presente desde o início da expansão da arborização da Cidade. O austríaco Antonio Etzel trabalhou como jardineiro na casa de Antonio Prado, em Campinas. Quando se tornou prefeito de São Paulo, Antonio Prado o trouxe para ser diretor do Departamento de Parques, Jardins e Cemitérios da Cidade, na época responsável por zelar pelas áreas verdes da Cidade. Etzel providenciou a construção da casa, onde sua família viveu por mais de 70 anos. Antonio Etzel foi sucedido como diretor por seu filho Arthur, que permaneceu na casa até falecer, em 1971. Segundo a família, o administrador não gostava de ficar apenas com as funções burocráticas do serviço. Ele preferia ajudar na plantação das árvores. Depois de se aposentar, continuou morando na Casa do Parque da Luz e trabalhou como administrador do Parque Ibirapuera.” (informações retiradas do site da prefeitura de São Paulo) A exposição ainda contará com uma mostra de frutos e sementes coletados no próprio parque de cerca de 30 espécies diferentes.

Agenda de Palestras

Começou hoje em Piracicaba o Encontro de Arborização Urbana e vai até dia 7 de maio de 2009. Vocês podem conferir a programação neste link. Também durante o primeiro semestre desse ano, já estão agendadas as palestras sobre: “AS PLANTAS QUE A HUMANIDADE PRECISA”,  realizadas por professores do Intituto de Botânica da USP. Para conhecer a programação, saber dos horários e como fazer sua inscrição acesse abaixo o link do cartaz! Ciclo de Palestras IB USP 2009 APROVEITEM!!!

Floração em São Paulo

Jacarandás, Tipuanas e Guapuruvus estão embelezando nossos olhares em São Paulo. Na Universidade de São Paulo próximo a entrada do IPT, podemos observar a maravilhosa floração destas três “Cidadãs Paulistanas de Grande Estatura”. A Tipuana (Tipuana tipu) é originária da Bolívia e norte da Argentina, pertencente à Família Leguminosae ou Fabaceae* subfamília Papilionoideae ou Faboideae**. É uma espécie muito utilizada na arborização de ruas no sul e sudeste do Brasil, proporcionando beleza notável durante sua floração. A imagem abaixo mostra corredores de Tipuanas nas ruas da USP, paralela a Marginal Pinheiros. O guapuruvu, faveira ou pau-de-vintém (Schizolobium parahyba) é nativo do Brasil, especificamente da Mata Atlântica, também pertence a Família das Leguminosas*, porém sua subfamília é Caesalpiniaceae***. Sua madeira não é muito resistente, mas é bastante utilizada para confecção de embarcações por sua leveza e facilidade de entalhe.  Podendo atingir até 30 metros, perde totalmente suas folhas no inverno e cobre-se de flores amarelas na primavera. Seu tronco é muito elegante, majestoso, reto, alto e cilíndrico, com a casca quase lisa, de cor cinzenta muito característica. Sua copa forma-se bem ao alto e suas folhas projetam sombra bem leve. Por último o Jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia) originário da Argentina, Bolívia e Paraguai. Trata-se de árvore frondosa, com folhagem delicada, pertencente à Família das Bignoniáceas****. Inspira e enche nossos olhos com beleza tão formidável quando em época de floração. Abaixo exemplares fotografados em várias ruas de São Paulo: Rua Paraguaçu, Vila São Francisco, UPS e Av. Sumaré! Suas flores lilás, folhas verde claro e sementes que mais parecem um broche, compõe um visual vibrante, de cores vivas e elementos orgânicos muito interessantes. Convido os visitantes do blog a acrescentar informações sobre estas árvores tão lindas e sempre presentes na vida dos paulistanos! _____________________________ *Fabaceae ou Leguminosa é uma das maiores famílias botânicas com aproximadamente 18.000 espécies em mais de 650 gêneros. Uma característica típica é apresentar o fruto do tipo legume ou vagem. Quase todas as espécies da família apresentam simbiose de suas raízes com bactérias, que fixam o nitrogênio da atmosfera, uma característica ecológica de extrema importância para equilíbrio da saúde do solo. **A subfamília Papilionoideae ou Faboideae é constituída por 430 gêneros e aproximadamente 12.600 espécies de ampla distribuição pelo mundo. É considerada a subfamília mais evoluída dentre as leguminosas, e também a de maior importância econômica. ***Caesalpiniaceae trata-se de uma das três subfamílias das leguminosas e é constituída por 152 gêneros e aproximadamente 2.700 espécies distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais. Incluindo o Pau-Brasil e Pau-ferro como exemplo. **** Bignoniaceae é uma família botânica representada por aproximadamente 800 espécies em 110 gêneros. São plantas lenhosas, predominantemente lianas, mas também podem ser arbustivas e arbóreas. Entre as arbóreas podemos citar os ipês do Brasil (Tabebuia sp).

Além do cinza, metrópole tem muito VERDE

*matéria retirada da edição de Setembro de 2006 da revista RSVP – ano2 nº24 SP EM NÚMEROS São Paulo tem 1,5 milhão de árvores espalhadas por suas ruas e praças. 21% de seu território é coberto por áreas verdes. Para se ter uma idéia da distribuição da vegetação na capital, verifica-se que a região com maior proporção de cobertura verde é a de Engenheiro Marsilac, no extremo sul do município, com 26 mil m² por habitante. Na Lapa, são 11 m², na Vila Andrade 100 m², em Moema 24 m², no Morumbi 239 m² e no Tucuruvi 23 m². Uma das áreas com menor proporção de verde por habitantes é a da região da Sé, com 0,21 m² por habitante. Para diminuir essas diferenças e propiciar mais corredores verdes para a população, a prefeitura investe mais de R$2 milhões por ano, em um programa de plantio e manutenção de árvores. O resultado desta empreitada é que já foram plantadas em torno de 32 mil mudas entre março e junho deste ano nos canteiros de avenidas e da Marginal do Tietê, além de bairros por toda a cidade. São mais de 300 espécies diferentes. Entre as 10 mais plantadas estão araçás, ipês, cabreúvas, jerivas, paineiras e pitangueiras. Das mais de 20 espécies de ipês plantados na cidade, como o rosa e o amarelo, o primeiro a florir e deixar São Paulo mais bonita é o roxo. A arborização da cidade é feita em conjunto com as 31 subprefeituras. Uma delas, a do Jabaquara, responsável por mais de 100 praças, plantou, de janeiro a julho, 2 mil mudas de árvores na região. Entre elas, inúmeras de jequitibá, árvore que pode alcançar até 20 m de altura. Para se ter uma idéia desta empreitada, o plantio é feito por 4 equipes de 7800 funcionários, que, em duas semanas, chega a plantar mais de mudas. A subprefeitura do Butantã planta, em média, 300 espécies de mudas por mês, incluindo ipês e quaresmeiras. O paulistano não imagina, mas, para ter contato com árvores nativas, não é preciso nem sair da Avenida Paulista, basta visitar o Parque Trianon, que tem espécies como jequitibá com mais de 300 anos. No Parque Villa-Lobos, com 732 mil m² de área verde, há árvores com 15 m de altura e um bosque de mata atlântica. São Paulo tem ainda mais de 4 mil praças repletas de árvores e flores. Ao contrário do que as pessoas pensam, São Paulo não é só concreto e uma infinidade de prédios. A cidade tem, desde junho de 2001, a primeira Área de Proteção Ambiental (APA), a Capivari Monos – localizada no extremo sul da cidade, a 55 quilômetros do Centro – com 25 mil hectares, o equivalente a 1/6 da área do município. A capital também abriga 32 parques municipais, que correspondem a, aproximadamente 15.534.197 m² de área verde. Destes, o maior da capital é o Anhanguera, com 9.500.000 m² e o menor é o Parque Lino e Paula Raia, com 15.000 m². Mas o mais visitado e considerado o pulmão dos paulistanos é o do Ibirapuera, o segundo maior com 1,6 milhão de m² e o primeiro em visitantes. Nos finais de semana, chega a receber mais de 150 mil pessoas. Pelo Parque do Ibirapuera estão espalhadas 7 mil árvores e 700 espécies diferentes de plantas e flores. Para calcular a importância das áreas verdes para o paulistano, o primeiro jardim público criado na capital foi o Parque da Luz em 1825. Para cuidar das áreas verdes da capital, a Secretaria do Meio Ambiente conta com um orçamento anual de 106 milhões de reais.