Encontrando o Baobá

Assim como na passagem do ano de 2009 para 2010 fiquei sensibilizada com a presença de uma amoreira; na passagem desta década (2010-2011), a árvore do momento é o BAOBÁ. Os acontecimentos em torno desta árvore foram simplesmente chegando como os mais belos presentes de Natal da minha vida. A muito tempo, desde o começo do Árvores Vivas, sempre que podia mencionar árvores cuirosas e famosas nas atividades, lembrava do baobá fazendo referência ao famoso Pequeno Príncipe. No final de 2010 conheci uma pessoa muito especial, que dotada de grande sensibilidade e idéias de vida muito simples, mencionava em todas nossas conversas o Pequeno Príncipe como inspiração, tão forte esta conexão, que dela ganhei de presente o próprio livro, que guardo, leio e releio com muito carinho. Coincidência ou não, uma das minhas grandes amigas, Chantal, que me conhece desde o momento em que o Árvores Vivas nasceu, quis compartilhar um presente muito especial que recebeu de seu pai, o fruto de um BAOBÁ! No dia em que eu o peguei, a sensação de maternidade e cuidado com o fruto, inteiro e ainda fechado, foi imediata. Levei ele comigo para uma cidade no interior, para abri-lo no último dia do ano. Foi um momento muito especial, onde cada segundo revelava uma surpresa e descoberta, como as fotos abaixo revelam! Sua estrutura quando aberta me trouxe muitos insights, principalmente o de um senso de nutrição incrível. Todas as suas sementes protegidas por um pó parecido com uma “espuma”  semi-rígida – semelhante ao do jatobá, estão conectadas com o galho da árvore, por onde flui a seiva, através de sensíveis conexões que lembram veias do nosso pulmão. Conhecendo um pouco mais sobre o próprio baobá, podemos descobrir muitas coisas novas: Sendo um baobá africano, sua espécie mais provável é a Adansonia digitada da família botânica das Malvaceas, por isso parente das paineiras e samaúma brasileiras; Outros nomes populares do baobá são: imbondeiro (Angola, Moçambique, Madagascar e Namíbia), árvore-do-rato-morto (devido à forma como os frutos aparecem), árvore-do-macaco-pão (o fruto faz lembrar a pele do macaco e quando seco faz lembrar farinha de pão), árvore-de-cabeça-para-baixo (os ramos esparsos assemelham-se a raízes) e árvore-de-creme-tártaro, em francês, é conhecida como arbre de mille ans (árvore-dos-mil-anos) em suaíli como Mbuyu, Mkuu hapingwa, Mkuu hafungwa e Muuyu, no entanto em toda a África é conhecida como árvore-da-vida! O fruto do baobá realmente é especial: conhecido na Angola por mukua ou máqua sua polpa seca e comestível, desfaz-se facilmente na boca e o seu sabor é agridoce, sendo rica em vitaminas e minerais. Pode ser tomada como uma bebida fresca quando dissolvida em água; a polpa também é utilizada para a alimentação, em tempos de escassez de comida; possui duas vezes mais cálcio que o leite e é rica em anti-oxidantes, ferro e potássio, e tem 6 vezes mais vitamina C do que uma laranja. Quando lembramos do baobá, logo pensamos no Pequeno Príncipe. Mais interessante ainda, para nós brasileiros, é pensar que Antoine de Saint- Exupéry insiprou-se conhecendo pessoalmente os baobás no Nordeste. Veja fotos de baobás em Recife e em Natal. Em abril de 2009 seu sobrinho, François d’Agay e plantou um baobá em Itu – fotos do plantio aqui!

Wangari Maathai – Uma mãe para as árvores

Cerca de um mês atrás um grande amigo – Matias Mickenhagen, autor do blog Psico Ambiental – enviou esta notícia para divulgar entre os visitantes do blog do Árvores Vivas… Líder ambiental e Prêmio Nobel da Paz em 2004 por sua luta em defesa da natureza, a queniana Wangari Maathai é a mulher mais “neutralizada” do mundo. Seu grupo, o Green Belt Movement, já plantou mais de 45 milhões de árvores nos últimos 30 anos. Em entrevista, Wangari, que acompanhou em Copenhague a discussão do clima, defende o plantio de árvores como forma de lutar contra o aquecimento e alerta para o perigo de o mundo enfrentar cada vez mais guerras ambientais, como as que já se desenrolam na África, pondo em risco a segurança global. “Quando os recursos se tornarem escassos, as pessoas vão lutar por qualquer coisa que tenha restado.” – O Globo, 21/12, Ciência, p.25. Conheci o trabalho de Wangari aprofundando o conhecimento sobre as árvores que busco desenvolver desde o fim de 2006. Suas ações, projetos e história sempre me inspiraram muito.  Também encontrei uma matéria especial sobre ela no site do Planeta Sustentável Para quem quiser colaborar com o Árvores Vivas e saber mais sobre a Wangari, indicamos esses dois livros encontrados na Livraria Cultura. Comprando através de nosso link, você colabora com a manutenção de nosso blog e nossas ações. Livro da Editora Nova Fronteira com 375 páginas Autora: MAATHAI, WANGARI Sinopse: Bióloga ligada ao movimento ambientalista e atualmente ministra assistente do Meio Ambiente do Quênia, ela mostra que tem outras qualidades além de sua ferrenha determinação pela preservação do planeta. Boa contadora de histórias, Wangari conduz o leitor por uma África em transição desde a infância, numa era colonial, até o novo milênio no qual globalização é a palavra de ordem. De uma sociedade tribal dominada pela oralidade a um país em busca da identidade moderna, sem esquecer tradições do passado. Livro da Editora RUDOLPH STEINER PR com 117 páginas EM INGLÊS