Passeio Verde no SESC Santana – dia 17 de Abril – Sábado
Você conhece uma cactácea COMESTÍVEL?
Por Adriana Sandre Revisão Juliana Gatti O gênero Pereskia, da família das Cactáceas, tem cerca de 25 espécies com cactos foliares, distribuídos pelo Brasil e o México. A P. aculeata é uma arbusto com caule suculento da família das cactáceas originário da América Tropical. Na mata é comumente encontrado junto ao Gurrupiá, uma planta espinhosa que produz frutos em época semelhante a P. aculeata – os passarinhos ao comer os frutos de ambas as plantas acabam por dipersá-las conjuntamente. Seu nome de origem indígena Guaiapá significa “planta que produz frutos com muitos espinhos finos” outro nome popular conhecido pelo seu termo em latim é “ora-pró-nobis” que significa ore-por-nós ou rogai-por-nós. Já seu nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas C. F. Pereisc e o epíteto específico: aculeata significa espinho. É comumente usado no paisagismo pela proteção que garante em cercas vivas e pelas sua floração que, apesar de efêmera, é extremamente bela e podem ser comestíveis. Ricas em ferro e proteínas, suas folhas podem ser consumidas in natura, refogadas, em sopas, tortas e pães, e também utilizadas no tratamento de anemias pelo seu alto valor nutritivo. No interior há o costume de misturar suas folhas ao angu e também cozinhá-las junto com o frango à cabidela. Em uma aula de botânica acabei por comê-la crua juntamente com a Juliana foi muito engraçado o prof. Dr Pirani nos reportando que ela seria melhor consumida em refogados ou receitas… Tive a oportunidade de me deliciar dessas folhas em um prato típico com a folha… e coloco aqui uma receita de Torta de ora-pro-nobis para que vocês também tenham!!! Deliciem-se! (fonte: http://tvtem.globo.com/culinaria/receita) Torta de Ora-Pro-Nóbis Ingredientes: 1 kg de filé de peito de frango 1 cebola média picada 1 tomate picado 5 colheres (sopa) de farinha de trigo 1 colher (sobremesa) de fermento 2 colheres (sopa) de azeite 1/2 xícara de requeijão 1/2 litro de leite Tempero 1 ovo 1 maço de ora-pro-nóbis 1 colher (sopa) de manteiga 3 xícaras de farinha de trigo 1 xícara de manteiga 1/4 de xícara de leite Sal Preparo: Recheio: Coloque o azeite na panela e doure o frango. Acrescente o tempero. Molho Branco: Coloque manteiga e um pouco do leite. Quando ferver, acrescente a farinha dissolvida no restante do leite. Deixe cozinhar e acrescente o requeijão. Na panela do frango, acrescente cebola, tomate e ora-pro-nóbis. Misture ao molho branco. Reserve o recheio. Massa: Misture a farinha de trigo, manteiga, fermento, sal, ovo, o leite. Abra a massa envolvendo toda a fôrma. Coloque o recheio e cubra com a massa. Pincele uma gema de ovo para dourar. Leve ao forno por 30 minutos, até assar. Em Pompeu, Minas Gerais, há um festival do Ora Pro Nobis. Criado em 1997, o festival reúne inúmeros pratos típicos com a folha: frango, camarão, costelinha, arroz, angu, carnes, tortas, entre outros. Espero um dia poder visitar o festival e trazer fotos… Outra espécie que pode ser consumida é a P. grandifolia, comumente encontrada no Brasil, seus nomes populares Brasil a fora vão desde a cacto rosa, jumbeta a ora-pró-nóbis semelhante a P. aculeata. Suas flores que desabrocham pela manha e ao cair da noite murcham, são um espetáculo a visão! Suas folhas tem enormes quantidades de vitamina, proteína e sais minerais. A P. aculeata difere da P. grandiflora e da P. bleo por possuir flores brancas, na ausência de flores o reconhecimento se torna mais difícil. Já a P. grandiflora possui flores rosas e é mais abundante que a P. bleo Há algumas espécies do gênero que não podem ser consumidas. FICHA TÉCNICA Gênero: Pereskia Família: Cactaceae Origem: América Tropical Porte: trepadeira arbustiva (galhos chegam até 10m de comprimento) Cuidados: Plantas de clima quente, solo drenado e arenoso Cultivo: Recomenda-se adubação uma vez ao ano. Recomenda-se pequenas podas a cada cinco meses. O plantio da Pereskia é favorável em épocas com clima quente e úmido.
ANIVERSÁRIO DE 1 ANO – PEDAL VERDE
Visitando o Grande Jequitibá
Cerca de dois anos atrás descobri nas pesquisas do mundo internético, a existência de um árvore grandiosa no interior de São Paulo. O PATRIARCA da nossa floresta Mata Atlântica, uma das mais antigas árvores, sobrevivente de nossas matas, o jequitibá-rosa (Cariniana legalis) habitante do Parque Estadual de Vassununga, que fica em Santa Rita do Passa Quatro, pertinho de Ribeirão Preto, no km 245 da rodovia Anhanguera. Lá estão preservados seis fragmentos de mata isolados entre si, que representam a transição entre mata atlântica e cerrado. Em seus mais de 2mil hectares de mata – como foi explicado pelo monitor do Instituto Florestal que cuida e mantém esta Unidade de Conservação – existem cerca de 300 jequitibás ainda em pé na região preservada. Nessa mata existe também uma grande riqueza de fauna nativa como um casal de onça-parda, tamanduás-mirim e bandeira, lobo-guará, papagaio-verdadeiro e urubu-rei. Trata-se de uma viagem imperdível para aqueles que admiram a riqueza de nossa biodiversidade! Esta semana, realizando um trabalho com comunidade da cidade de Serra Azul e São Simão, tive a chance de ir até o Parque e conhecer pessoalmente um pouco desta grande riqueza! Foi um dos momentos mais importantes na minha vida, desde que comecei a conhecer e admirar as árvores… Realmente trata-se de uma das maiores árvores que conheci em toda minha vida… com cerca de 40m de altura e 4 m de diâmetro na base, precisando de aproximadamente 12 pessoas para abraçá-la. Além de ser um monumento vivo, a sua presença é de tirar o fôlego de tão forte e impressionante! Este sonho só pode ser realizado nesta semana, devido a ajuda da amiga Mariângela que emprestou o carro para irmos lá! Quero deixar aqui meu agradecimento muito especial para ela e para a Rose e a Lourdes que me acompanharam nesta aventura e foram super pacientes com minha paixão pela natureza!!! Fiquem com as belas imagens… [slideshow] Nas imagens temos: o registro da visita ao museu do Parque; um disco de madeira de um jequitibá com 144 anos; animais da reserva que morreram na auto-estrada e foram empalhados; a entrada da trilha do jequitibá; nós e o patriarca em vários ângulos; o beija-flor que nos deu o presente de sua presença
Rota Gastronômica do Cambuci
Abertura da Rota Gastronômica do Cambuci será em São Paulo – Matéria Divulgação Prefeitura de São Paulo O bairro do Cambuci na Zona Sul de São Paulo, está prestes a dar um salto no seu desenvolvimento: o local foi escolhido para abrir a Rota Gastronômica do Cambuci, neste mês. O Cambuci é um fruto da árvore de mesmo nome, em formato octogonal, de sabor agridoce. Acontecerá uma feira pública dos dias 20 e 21 de março, na praça Hélio Ansaldo, em frente à Igreja Nossa Senhora da Glória, que está sendo especialmente preparada para receber os turistas e a população que quiser aproveitar as guloseimas do fruto. O circuito, que acontece entre março e setembro, há dois anos, percorre cidades localizadas no entorno da Serra do Mar, onde o fruto do cambuci é abundante. Da vila de Paranapiacaba, em Santo André, até Ilha Bela, passando por Salesópolis, Rio Grande da Serra, Paraibuna e Natividade da Serra, o cambuci está saindo da mata para chegar às mesas, gerando, inclusive, desenvolvimento econômico para a população, e o surgimento de arranjos produtivos locais. A população só precisa colher o fruto e com ele preparar uma série de guloseimas. A idéia chegou a São Paulo, no bairro com o nome do fruto, no ano passado através de um projeto de Resgate Histórico e Cultural do bairro do Cambuci lançado pela Secretaria Municipal de Participação e Parceria e capitaneado pela sua Incubadora de Projetos Sociais Autofinanciados. De lá para cá, foram feitas diversas intervenções no bairro, que incluíram desde o plantio de mudas de cambuci, árvore praticamente extinta nesta região, até a inclusão de pratos a base de fruto nos cardápios dos restaurantes do bairro. Um deles, por exemplo, comprou a idéia rapidamente e colocou no cardápio o seu “Nhoque ao molho de cambuci”, uma delícia, que caiu no agrado popular e que pode se tornar no prato-símbolo do roteiro, na capital. Veja abaixo imagens de cambuci tiradas em Paranapiacaba – pelo Árvores Vivas e leia nossa matéria sobre a visita ao local clicando aqui. [vodpod id=Groupvideo.4095127&w=425&h=350&fv=allowingFullScreen%3Dtrue%26channel%3D3458764513841531732%26s%3D1%26inline_rating%3Dtrue%26site%3Dwidget-54.slide.com%26map%3D130100100%26adsense_channel%3D0085258241%26adsense%3DTrue%26adtype%3Dfullscreen] more about “Cambuci by Árvores Vivas“, posted with vodpod Mas não é só de nhoque que sobrevive a gastronomia cambuciana. O sorvete à base da fruta, presente em quase todas as cidades do circuito, já está no bairro e também em gelaterias badaladas de Moema e Indianópolis, ao lado de compotas, musses e de uma infinidade de drinks. Os frutos vêm das cidades que compõem a Rota, coordenada pela da Associação Holística de Participação Comunitária e Ecológica – AHPCE, que juntamente ccom o Instituto Fauser e a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo são responsáveis pela Rota Gastronômica. A Associação tem catalalogadas mais de 200 receitas que utilizam o fruto. O Cambuci é uma árvore típica da Mata Atlântica. Dados mais antigos da sua presença em São Paulo remontam ao tempo dos Bandeirantes. O distrito, hoje conhecido por Cambuci, era ponto de parada de tropeiros, bem ali na rua Lavapés. Reza a lenda que no local além de saborear o fruto do Cambuci, eles colocavam alguns para curtir, junto com a aguardente, que não faltava nos alforjes. A “pinga com Cambuci” é um dos usos gastronômicos mais tradicionais da fruta, que batizou também o bairro. Hoje, um dos poucos exemplares remanescentes está no largo central do bairro, onde um majestoso Cambuci oferece sombra aos que ali frequentam. A novidade deste ano é que a árvore está “carregada” com frutos. Moradores da vizinhança, juram que nunca haviam visto os frutos verdes, em forma de “disco voador”, que agora estão em todos os galhos. Alguns, mais céticos, apostam que os frutos sempre estiveram lá e o que se perdeu teria sido a capacidade de olhar as coisas da natureza, do morador urbano. Já Eliana Peixe, Diretora da Incubadora de Projetos Sociais tem uma visão mais romântica sobre o assunto. “Acho que a árvore ficou tão feliz, porque agora perceberam a sua existência, que resolveu mostrar-se em todo o seu esplendor”, conta Eliana. O fato é que o fruto do Cambuci foi redescoberto para alegrar o bairro. Prova maior disso é que até o Bloco da Ressaca, já tradicional naquela região, teve por tema este ano “Ressaca ao sabor do Cambuci”. Com direito a camiseta com o desconhecido fruto, que agora virou o mascote do bairro e samba-enredo. “Não conhece cambuci? Vai lá no bairro para ver.”
Árvore certa, lugar certo
Imagino que deve ser bem antigo o ditado que diz: “Na vida devemos realizar 3 coisas: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.” Mais do que nunca, sinto as pessoas com uma vontade enorme de realizar a primeira dessas atividades, e com tanta gente querendo plantar, chegamos em um estágio onde é cada vez mais importante e necessário saber o máximo sobre a árvore que escolhemos. Plantar árvores é uma equação de bom senso, principalmente quando falamos de plantio em áreas urbanas! O primeiro passo para se chegar a um resultado positivo nesta equação é começar sempre realizando um levantamento do espaço que receberá a árvore quanto aos aspectos de: Insolação Tipo de solo Largura da calçada Fiação elétrica aérea Tubulação subterrânea de serviços Espaço disponível para canteiro Plantio sobre laje, em vaso ou direto no solo Proximidade de edificações Uso do espaço onde será realizado o plantio: passagem de pedestres, área de estacionamento, cercar uma área, etc. Cada um destes aspectos nos dá base de informações para sabermos como a árvore escolhida deverá ser nas suas características: Porte / altura quando adulta Tipo de raiz quando adulta Largura de copa quando adulta Necessidade de incidência de luz direta Características do solo Necessidades de nutrientes Destaque por suas flores, frutos, folhas ou arquitetura de tronco Nativa da nossa bioregião ou exótica? Cruzando estas informações com certeza chegaremos a um número mais limitado de espécies encontradas no mercado, que irão satisfazer nossa vontade de realizar um plantio consciente de uma árvore Além disso, é cada vez mais importante fazer opção por espécies nativas da nossa região geográfica e bioma. Por exemplo, uma árvore nativa do Brasil não é necessariamente nativa de todas as regiões do nosso país. Árvores exóticas são assim chamadas, por não serem nativas da região onde estão vivendo. Em São Paulo, estamos em uma das regiões mais ricas em diversidade de espécies nativas no mundo, mas por falta de conhecimento e disponibilidade no mercado as pessoas acabam optando por pouquíssimas opções de espécies. Ainda na cidade de São Paulo, podemos observar que muitas árvores foram plantadas sem nenhum tipo de reflexão sobre estes aspectos, e esta atitude sem planejamento, pode levar a termos mais tristezas do que alegrias enquanto a árvore cresce, culminando em pedidos de poda, podas drásticas, podas de raízes e até remoções. Bons guias trazem informações mais detalhadas sobre as referências de como devemos escolher árvores e plantá-las: Manual de Arborização Urbana da Cidade de São Paulo – indica lista de espécies adequadas para cada caso de local de plantio na cidade; Guia Passeio Livre – mais informações sobre como organizar e melhorar sua calçada e ainda verificar a possibilidade de realizar plantio nela; Campanha de incentivo permanente à arborização urbana Devemos sempre ter em mente que, quando falamos em aliar o plantio de árvores com a estrutura urbanística de uma cidade, precisamos estar muito atentos aos impactos que este plantio trará e por isso quanto mais informação tivermos antes de plantar, melhor. Terminalia catappa
Quem é Vivo Corre Perigo
Ontem, último dia e domingo de fevereiro, após o tradicional plantio de árvores do PEDAL VERDE, tivemos um encontro muito gostoso entre amigos… e nessa reunião acolhedora tivemos a oportunidade de ouvir e conhecer, esta linda canção que compartilho agora com todos os visitantes do Árvores Vivas, e amantes das nossas sempre tão especiais e inspiradoras Árvores!!! [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=i61dC-WztG0] Matança Xangai Composição: Jatobá Cipó caboclo tá subindo na virola Chegou a hora do pinheiro balançar Sentir o cheiro do mato da imburana Descansar morrer de sono na sombra da barriguda De nada vale tanto esforço do meu canto Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica Arvoredos seculares impossível replantar Que triste sina teve cedro nosso primo Desde de menino que eu nem gosto de falar Depois de tanto sofrimento seu destino Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar Quem por acaso ouviu falar da sucupira Parece até mentira que o jacarandá Antes de virar poltrona porta armário Mora no dicionário vida eterna milenar Quem hoje é vivo corre perigo E os inimigos do verde da sombra, o ar Que se respira e a clorofila Das matas virgens destruídas vão lembrar Que quando chegar a hora É certo que não demora Não chame Nossa Senhora Só quem pode nos salvar é Caviúna, cerejeira, baraúna Imbuia, pau-d’arco, solva Juazeiro e jatobá Gonçalo-alves, paraíba, itaúba Louro, ipê, paracaúba Peroba, massaranduba Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro Catuaba, janaúba, aroeira, araribá Pau-fero, anjico amargoso, gameleira Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá nota: nesse clipe montado com imagens de árvores… parece que a foto da cerejeira foi tirada aqui do blog… e descobri por acaso…
Wangari Maathai – Uma mãe para as árvores
Cerca de um mês atrás um grande amigo – Matias Mickenhagen, autor do blog Psico Ambiental – enviou esta notícia para divulgar entre os visitantes do blog do Árvores Vivas… Líder ambiental e Prêmio Nobel da Paz em 2004 por sua luta em defesa da natureza, a queniana Wangari Maathai é a mulher mais “neutralizada” do mundo. Seu grupo, o Green Belt Movement, já plantou mais de 45 milhões de árvores nos últimos 30 anos. Em entrevista, Wangari, que acompanhou em Copenhague a discussão do clima, defende o plantio de árvores como forma de lutar contra o aquecimento e alerta para o perigo de o mundo enfrentar cada vez mais guerras ambientais, como as que já se desenrolam na África, pondo em risco a segurança global. “Quando os recursos se tornarem escassos, as pessoas vão lutar por qualquer coisa que tenha restado.” – O Globo, 21/12, Ciência, p.25. Conheci o trabalho de Wangari aprofundando o conhecimento sobre as árvores que busco desenvolver desde o fim de 2006. Suas ações, projetos e história sempre me inspiraram muito. Também encontrei uma matéria especial sobre ela no site do Planeta Sustentável Para quem quiser colaborar com o Árvores Vivas e saber mais sobre a Wangari, indicamos esses dois livros encontrados na Livraria Cultura. Comprando através de nosso link, você colabora com a manutenção de nosso blog e nossas ações. Livro da Editora Nova Fronteira com 375 páginas Autora: MAATHAI, WANGARI Sinopse: Bióloga ligada ao movimento ambientalista e atualmente ministra assistente do Meio Ambiente do Quênia, ela mostra que tem outras qualidades além de sua ferrenha determinação pela preservação do planeta. Boa contadora de histórias, Wangari conduz o leitor por uma África em transição desde a infância, numa era colonial, até o novo milênio no qual globalização é a palavra de ordem. De uma sociedade tribal dominada pela oralidade a um país em busca da identidade moderna, sem esquecer tradições do passado. Livro da Editora RUDOLPH STEINER PR com 117 páginas EM INGLÊS
Goiabeira nossa de todo dia!
Vamos apresentar neste artigo escrito a 4 mãos, informações sobre a goiabeira, nossas experiências de vida com essa árvore e o máximo de informações curiosas! Por Adriana Sandre A goiabeira cujo nome científico é Psidium guajava foi alvo de grande parte dos meus estudos na faculdade de Ciências Biológicas, ela é uma árvore graciosa, da família das mirtáceas, semelhante às pitangueiras, jabuticabeiras e ao cambuci. Grande parte dos membros dessa família tem o tronco pardo com algumas descamações mais claras que dão uma beleza singular a estas árvores. Lembro que desde a minha infância, a goiabeira já fazia parte da minha vida, eu costumava subir em uma delas com uma amiga de bem pertinho de casa, nós passávamos horas lá em cima (na época parecia ser bem alto, risos) olhando as pessoas passarem nas ruas e pensando nas próximas brincadeiras do dia. Recentemente, há alguns meses, comi a minha primeira goiaba, ou melhor dizendo, a primeira goiaba de uma árvore plantada por mim! Foi bem legal!!! A goiaba, fruto da goiabeira, além de ser deliciosa, tem inúmeras propriedades medicinais, por ser rica em vitamina C e antocianinas, importantes antioxidantes que combatem os radicais livres no nosso corpo. A fruta possui também vitamina B1, B2, B6 e vitamina A, que faz bem à vista e conserva a saúde da pele. Sabe-se atualmente que a goiaba branca tem mais vitamina C que o limão!!! Pelo elevado teor de vitamina C, a goiaba, durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizada como suplemento na alimentação dos soldados nas regiões frias, pois aumentava a resistência contra as afecções do aparelho respiratório. A goiabeira tem uma resposta interessante a alguns poluentes atmosféricos, ela pode indicar a presença de ozônio na atmosfera, por apresentar na presença deste, manchas avermelhas na parte superior (adaxial) das folhas mais velhas. O ozônio em excesso na superfície terrestre pode ocasionar problemas à saúde e a goiaba pode ser uma planta que auxilia na bioindicação dele na atmosfera. Por Juliana Gatti Pereira As goiabeiras são uma das árvores mais belas que conheço. Todos os seus aspectos morfológicos apresentam uma delicadeza e beleza especiais. O tronco além de possuir cor e manchas muito características também possui brilho e um toque liso e macio. Muitas vezes o seu crescimento desenvolve uma harmonia na arquitetura de seus galhos que é de tirar meu fôlego. Não me lembro das goiabeiras na minha infância, elas são mais presentes recentemente… Existem algumas que sempre aprecio quando estou no meu caminho de casa para o trabalho aqui em São Paulo. Outras duas que conheci em viagens, me passaram uma energia muito feminina e leveza. Reparando com mais atenção no detalhe, as folhas da goiabeira possuem nervuras bem marcadas dentro de seu formato arredondado, criando sustento adequados, da mesma forma que um esqueleto. E as flores então? São delirantes… Quem já teve a oportunidade de ver bem de pertinho uma flor de goiabeira, sabe bem como são belas e surpreendentes lembrando um “pom-pom” de brinquedo com seus diversos estames. Li recentemente em um dos livros aqui no escritório, que as pétalas de goiabeira são comestíveis e mantém o perfume quando colhidas logo no amanhecer… Alguém já experimentou? Outra curiosidade que descobri, é que o nome goiaba é derivado de coyab que em tupi significa “sementes aglomeradas”. Justamente por ter tantas sementes é que esta árvore possui uma dispersão tão ampla e sempre podemos encontrar uma goiabeira pertinho de nós!! Também é sabido que os incas utilizavam a madeira da goiabeira para diversos ornamentos e os primeiros indícios de cultivo da goiabeira estão no México , no início da Era Cristã. FICHA TÉCNICA nome científico: Psidium guajava família: Myrtaceae origem: México, Colômbia, Peru e algumas referências também dizem Brasil porte: de 2 a 10 m de altura cuidados: planta de clima quente e solo bem drenado, adora umidade cultivo: propagação por sementes e começa a produzir no primeiro ano de vida
Os Benefícios das Árvores I
Cada árvore é um ser para ser em nós Para ver uma árvore não basta vê-la a árvore é uma lenta reverência uma presença reminiscente uma habitação perdida e encontrada À sombra de uma árvore o tempo já não é o tempo mas a magia de um instante que começa sem fim a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas e de sombras interiores nós habitamos a árvore com a nossa respiração com a da árvore com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses —António Ramos Rosa (poesia encontrada no blog da Associação Árvores de Portugal e publicada por Maria Sousa em 9 de janeiro de 2010) Nossas vivências e experiências contam muito sobre a percepção de como a existência de árvores é positiva para a humanidade. Antes mesmo das formas de benefício comprovadas cientificamente, uma árvore por si só, mesmo isolada, chama a atenção de nosso olhar e parece-nos confortar com seu porte e presença. Desde uma semente, elas sabem o que devem ser em sua plenitude… São seres sensíveis que seguem seu desenvolvimento, dando tempo ao tempo, deixando que o ambiente mostre seus padrões… que o calor estimule o crescimento, que a umidade alimente seus corpos, que o tipo de solo ensine o melhor caminho para suas raízes. Aprofundando no solo, as raízes permitem que os ramos da copa encontrem base e confiança suficiente para esticarem-se e engrossarem na busca por uma arquitetura que é completamente adaptada ao ambiente que se fixou. As árvores e a natureza são fonte inesgotável de inspiração e estímulos, evoluindo constantemente na busca por um modelo de funcionamento e existência equilibrado, adaptável e sustentável. Desde os primórdios, as pessoas buscam referência e ensinamentos a partir de todas essas soluções naturais que se constituíram através de uma inteligência primordial. Podemos nos presentear permitindo sentir e admirar essa riqueza… O formato único das folhas – miúdas, grandiosas, pontudas, arredondadas, leves ou pesadas A textura que estimula o toque – lisa, pilosa, áspera, com nervuras bem marcadas, sensação de ser emborrachada ou até mesmo suave como uma pluma A incrível variedade de tonalidades verdes – brilhante ou opaca, um verde em cada face, aquelas que já caíram, outras mutantes que amarelam, avermelham ou ficam esbranquiçadas antes de se desprender Esta riqueza é infinita e através do contato sensível, podemos abrir espaços em nossa mente e espírito que levam ao bem estar. Antes de qualquer outro benefício, a nossa vida está completamente interligada e é dependente da existência e manutenção da natureza. Mais recentemente, cerca de 2 anos atrás, uma matéria no suplemento Equilíbrio da Folha de S. Paulo (23 de outubro de 2008), contava sobre uma pesquisa científica desenvolvida para avaliar o impacto positivo que a presença de uma única árvore poderia causar no conforto térmico das pessoas. Foram feitos levantamentos com 4 espécies de árvores diferentes: mangueira, jambolão, jacarandá e ipê. Observando-se também seus estados diferentes em cada estação (com folhas, flores ou menos folhas), e comprovou-se que mesmo a 50 metros de distância destas árvores isoladas, as pessoas se beneficiavam do conforto térmico promovido através da transpiração. As árvores são como fábricas inteiras e auto-sustentáveis, realizam o processamento de matérias-primas no desenvolvimento de seu próprio alimento. Promovem a reciclagem do ar e do solo através de suas folhas, devolvendo oxigênio, água e composto orgânico. Além de armazenarem o alimento para crescer, e um dia no futuro ser o seu banco, mesa, porta, piso, cama, lápis…. Para encerrar esse primeiro artigo, uma lembrança especial da tribo indígena Ticuna, que têm como morada a floresta amazônica: “A floresta é a coberta da terra. Uma árvore é diferente da outra. E cada árvore tem sua iimportância, seu valor. Essa variedade é que faz a floresta tão rica.” – trecho do Livro das Árvores. Com essa mensagem final, ficamos com a dica de que na diversidade seremos sempre mais equilibrados! —————————– Este é o primeiro artigo do ano apoiado pela M2 Investimentos, que firmou parceria com o Árvores Vivas em 2010 buscando criar novas maneiras de aproximar as pessoas da natureza, principalmente através das árvores!! Para fortalecer ainda mais esta iniciativa, a Neomarkets desenvolveu especialmente o Hot Site da nossa parceria, que tem dicas de plantio da mini-romã, como germinar sementes de peroba e abre um canal exclusivo de depoimentos da experiência de cada um com árvores que marcaram momentos especiais da vida!