Um tempo atrás tive o prazer enorme de conhecer o Sr. João Pereira ao sair da estação Penha do Metrô em São Paulo. Quando passei pela catraca e atravessava a passarela por cima da avenida, olhei para as copas das árvores dos canteiros e pude perceber a imensa quantidade de frutos de araribás pendurados e caídos no chão pertinho do muro da estação. Fiquei emocionada, meu coração pulsou mais forte de tão linda que foi a imagem e a felicidade de poder estar tão perto de frutos ainda presos na copa. Nunca havia reparado ainda em um araribá com frutos na cidade! Sai sorrindo descendo leve e contente pelas escadas, já pensando em coletar sementes para germinar em casa e distribuir!

Quando cheguei na base das árvores, calmamente, Seu João se aproximou e quase como mágica, senti que havia um propósito que nos unia nesta vida – o amor e cuidado com as árvores. Seu João sabia o nome de todas as árvores que existiam ao longo do muro… Cuida de todas elas como suas filhas, acompanha suas fases, o crescimento, flores, frutos… Mostra as filhinhas brotando, outras dando frutinhos ainda pequeninos e verdes. Conta sobre aquelas que plantou e sobre aquelas que se foram. O vigor e crescimento rápido de umas, o alimento que colheu de outras… Seu João sabe até mesmo sobre as madeiras delas, pois um dia trabalhou com extração de madeira na Bahia, mas hoje sabe o valor de cada árvore em pé e pedindo ajuda me contou sobre seu plano e visão para acabar com o desmatamento na Amazônia:

araribá
araribá
sementes araribá
sementes araribá

“- Se enchermos um avião com sementes de araribá e leucena e sobrevoando a Amazônia jogarmos todas as sementes espalhadas pelas áreas desmatadas… conseguiremos recompor o verde da floresta rapidinho, pois essas são árvores fortes, bonitas e que crescem rápido..”

Um sonho de vários corações! Quem dera ter mais pessoas sonhando e agindo em torno deste nobre sonho de preservar a mata, a diversidade, o pulmão que ainda nos resta… Meu sonho é semear esse desejo de cuidado, amor e inspiração pela beleza da vida, que todas as árvores que nos cercam carregam em si! Viva Sr João Pereira… Viva as árvores… Viva a Vida!

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  1. bom, estou experimentando o arariba que peguei hj as sementes no botanico em sao paulo. vou aproveitar e ver na estação penha para ver se acho. temos plantio de arvores brasileiras para fins comerciais, me recomendaram a arvore

    quanto à Leucena, JAMAIS espalhe sementes dela para reposição florestal. a leucena é muito invasiva e não deve ser usada para este fim

  2. Vc sabe fazer brotar aririba, pq temos aqui no sítioum que creaveu superrapido e qqueríamos plantar outros. Quando a raiz dele está muita agua ele faz chover

  3. A dúvida está em saber se a semente é toda aquela parte envolta nos espinhos. vi uma dica para colocar de molho a semente sem a aba e tirar os espinhos está correto. quero plantar como arvore se corte pq cresce igual a eucalipto.

    1. Sim Juliana certamente fazer a remoção da casca que tem os espinhos e estrutura alada ajudam na germinação, pois elas teriam que se decompor para a germinação ocorrer. Colocar de molho irá ajudar a remoção, certamente, só cuidado para não deixar muito tempo que pode também causar apodrecimento. Precisa avaliar se a madeira de araribá tem aplicação similar ao eucalipto se esta é sua intenção e também avaliar se você, na área de plantio está cumprindo a área de preservação de mata minima para poder remover árvores.

  4. sim já foi realizado o cadastramento rural e temos a area de preservação, o uso é diverso do eucalipto. Mas o ariribá que temos atingiu 10 metros em um único tronco em 8 anos, assim como o landim que também pensamos em plantar, você teria alguma dica sobre está árvore? Já recolhemos direto do solo mudas de ípé amarelo e temos também o cedro que nasce naturalmente e que possibilita vários cortes. Fico imaginando quantas árvores de qualidade melhor poderiam ser plantadas no lugar do pinus e eucalipto se ouvesse vontade e pesquisas na área.

    1. Olá Juliana existem pesquisas bastante avançadas com resultados práticos de aproveitamento de espécies nativas para uso comercial, tornando o valor da floresta em uso continuo e sustentável mais rentável que qualquer tipo de cultura tradicional já aplicado nas terras brasileiras. Estas pesquisas aos poucos começam a ser conhecidas e divulgadas. Você pode conhecer um pouco sobre pesquisando artigos do Prof Dr Ricardo Rodrigues da Esalq ou acessando o link de palestras do Festival Cultivar, onde o professor ensinou muito sobre a pesquisa que realiza a anos.

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