Luiz Claudio Marigo fez, na última semana, fotos das Corypha umbraculifera (tallipot ou palmeira-do ceilão) em flor, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. Para Roberto Tabacow, elas estão celebrando os 100 anos do nascimento de Burle Marx!
Esta palmeira vive entre 40 e 80 anos, é originária do Sri Lanka e só floresce uma vez – a maior inflorescência do reino vegetal. Acima da copa de folhas em leque, que começam a secar e cair, forma-se uma nova copa, de 8 metros de diâmetro, constituída de mais de um milhão de pequenas flores brancas. Quase um quinto das flores oferecem sementes férteis e, cumprida sua parte na tarefa de perpetuação da espécie, a palmeira morre.
Em 1994, Robério Dias, diretor do Sítio Roberto Burle Marx, também relacionou a primeira floração de Corypha no sítio a uma homenagem das plantas ao paisagista. A floração teve início uma semana depois de sua morte. Consta que um visitante comentou, na época em que foram plantadas, que, se a planta levava tanto tempo para florir, ele não presenciaria. Burle Marx respondeu “– Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros a vejam!”
Matéria reproduzida da Versão Eletrônica da publicação PAISAGEM ESCRITA da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas – edição número 131 de 10 de novembro de 2009
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