Poema de Dival Pitombo extraído do livro Manual de Agricultura Natural, Unidade da Vida de Hiroshi Seó.
A chama vegetal devorando o verde. Orgia rubra agredindo a paz deste crepúsculo. Poinciana régia. Flor do Paraíso. Labaredas de Sol crestando ninhos. Os flamboyants estão floridos. Verde e escarlate, Mais escarlate que verde. É como um incêndio no mar! Na multidão indiferente apenas a criança olha. Os flamboyants são para os pássaros HOMENS PRÁTICOS parai vossos computadores. Mágicos, poetas, sacerdotes, homens públicos e mulheres publicadas. Vagabundos, viciados e ladrões, e lânguidas prostitutas que investis na noite o ouro das vossas vidas, esquecei por um instante a vossa loucura. E correi, de mãos dadas, para a praça. Vinde olhar o céu, que há um jardim de fogo plantado no azul. Os flamboyants estão floridos!
Com nome estrangeiro, Flamboyant, em francês, significa flamejante, adjetivo justificado pela acentuada coloração vermelha de suas flores. A árvore veio de longe — é originária da costa leste da África, de Madagáscar e de ilhas do Oceano Índico — mas está há tanto tempo no Brasil que pode ser encontrada em qualquer parte do país.
As primeiras mudas foram trazidas para cá no início do século 19, na época de D. João VI, e se adaptaram bem ao clima e solo brasileiros. Hoje ela é mais comum na região Sudeste, e muito utilizada em projetos paisagísticos, sendo indicado para áreas abertas com grandes espaços que possibilitem seu desenvolvimento.
Com floração abundante durante a primavera, quando se cobre com flores alaranjadas ou vermelhas. Normalmente, após a floração, a árvore perde a folhagem, restando apenas seus frutos em forma de vagens longas e pendentes.
Delonix regia é seu nome cientifico, que vem do grego délos (visível) e onyx (pequeno grifo), uma referência à forma dos segmentos florais. Também conhecida popularmente como flor-do-paraíso, pau-rosa e acácia-rubra. Pertence à família Leguminosae e sub-família Caesalpinioideae, a mesma do pau-brasil.
Após receber uma mensagem de Mayra querendo informações sobre folclores que tenham o Flamboyant como personagem, fomos pesquisar a respeito e encontramos algumas coisas interessantes. Obrigada Mayra por sua participação! Caso algum outro visitante do blog possua outras informações e indicações envie para nosso e-mail ou publique como comentário.
Primeiramente encontramos uma poesia muito bela (publicada abaixo) de Geraldo Costa Alves, mineiro nascido em 1919. Além desta, no site (http://literaturacapixaba.com/Poetas/detail.asp?poeta=Geraldo%20Costa%20Alves) podemos encontrar diversas outras poesias de sua autoria que despertam nosso encantamento para as árvores que tocaram a vida de Geraldo e seu relacionamento de admiração e inspiração com elas.
A LENDA DO FLAMBOYANT
Dias da Criação…Num dos instantes de rara fantasia,
Deus quis pintar, na tela imensa do céu,
a beleza do ocaso.
No sonho e devaneio de Artista.
Deus experimentava as tintas,
confundindo-as. na palheta em que havia
o azul, o vermelho, ao amarelo…
De uma das pinceladas,
cai um pouco de tinta
(tinta que era rubi, tinta que era sangue),
que veio dar, à folhagem
de uma das árvores tropicais,
o seu grito vermelho de combate. Segundo a lenda,
nesse instante surgiu o flamboyant.
Em outro site, do Governo da Paraíba a matéria ‘Flamboyants os “pavões” do brejo’ publicada dia 1º de março de 2007 no Jornal A União escrita por Hilton Gouvêa complementa bem nosso post e dá uma visão de como a árvore se destaca e encanta a todos na Paraíba, também acrescenta informações sobre as lendas e histórias sobre a origem da árvore. Vejam no link: http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=5747&Itemid=44
Em 12 de Dezembro de 2007 no caderno Agrícola do jornal Estado de S. Paulo (pagina 20) uma imagem muito linda, curiosa e cheia de vida… Um bezerro se esforçando para comer as flores do Flamboyant! Deliciem-se!!!
Olá!
Na verdade não é um comentário – é uma dúvida!. Gostaria de saber se existe algum folclore (indígena ou não) associado ao flamboyant.
Desde já agradeço pela atenção!
Um abraço, Mayra.
Lenda do flamboyant
No silêncio da floresta ouvia-se uma voz chorando, amargurada. Era uma árvore que chorava a tristeza de não ter flores.
Tupã ouviu-a e, condoído daquela angustia, resolveu mudar a sorte da pobre árvore. E sentenciou:
— Que os raios de fogo do sol ardente transformem os verdes ramos em milhares de flores rubras!
E imediatamente tal aconteceu. A galharia das grandes árvores da floresta afastou-se e o sol, incidindo sobre a árvore que chorava, realizou o milagre: a copa verde do flamboyant transformou-se num lindo ramalhete de flores vermelhas, fulgurantes.
Olá Edna, ficamos muito felizes em receber sua lenda como complemento ao artigo! Feliz 2013
Gostaria de saber como faço para adquiri algum livro que me forneça mais informações sobre esta espécie, pois sou acadêmico do curso de Geografia da UFPB e estou realizando uma pesquisa sobre espécies axóticas da Mata Atlântica.
Desde já agradeço o apoio.
Gilvan Cardoso
mas qual grupo pertençe essa planta?
Olá Samyra é da família botânica FABACEAE
é essa informação que você precisa?
Olá estou literalmente desesperada pois tenho um flamboyant que esta “chorando” uma praga o esta atacando e eu não sei o que fazer.Por favor me ajude pois tenho chorado junto com meu amado flamboyant.
Olá Carmen, precisamos entender melhor qual “praga” você se refere para poder te ajudar. Fotos e descritivo da característica dela podem ser uma ótima ajuda. Qual a sua cidade? Como a “praga” está distribuida na árvore? Desde quando o flamboyant esta com essa condição?
A primeira vez que vi essa árvore, fiquei encantada! Ela dá um efeito muito bonito no lugar onde é plantada.
Olá Susane agradecemos sua visita ao blog e participação! Sim os flamboyants são encantadores… marcam uma presença especial, com a copa grandiosa de folhas delicadas, flores de chama e vagens marcantes pelo formato e tamanho! Adoramos flamboyants!
Os meus Flamboyans,liberam uma RESINA,A QUAL ENCHEM DE ABELHAS PARA COLETA DESTA RESINA,DEVE SER DOCE,MANCHA OS CARROS FICA UMA COLA,NÃO DÁ PARA FICAR POR BAIXO,SERIA NORMAL ESTA ÁRVORE ASSIM?
É LINDA,MAS NÃO GOSTEI DO CHORO Q COLA!
MIRIAM RITA POSSER MARIN
ROSARIO DO SUL RS
Olá Miriam, agradecemos sua visita ao nosso blog. As árvores de todas as espécies podem vir a soltar resina, que na verdade é a seiva – o “sangue” da árvore. Ela pode estar com ataque de brocas, com algumas fissuras na casca por conta de ventos muito fortes, ou ainda pode até ser uma estação do ano com reprodução de insetos em andamento na copa das árvores. Uma rápida e simples solução para aproveitar a sombra da árvore e continuar apreciando essa rica beleza natural é usar uma capa em seu carro. Desejamos que mais e mais árvores continuem a serem plantadas em todas as ruas de nosso pais, gerando melhor condição de saúde e qualidade de vida para todos.